VIVA O 1º DE MAIO!
VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES NO MUNDO INTEIRO!
Cem Flores
Faz mais de cem anos que os trabalhadores e as trabalhadoras do mundo inteiro celebram suas lutas e seu futuro a cada 1º de Maio.
O 1º de Maio não é dia de festejo vazio e descompromissado ou de cínicas congratulações. É sim o dia internacional de luta da classe operária e de todos os trabalhadores, dos explorados e despossuídos, daqueles que padecem do desemprego e da miséria, dos que ganham o seu pão com o suor do seu trabalho e dos que haverão de conquistar um mundo sem patrões.
O movimento operário é hoje o responsável por levar adiante essa luta dos oprimidos que marcou toda a história da humanidade. Uma história de revoluções, de combates gloriosos, de incontáveis atos de heroísmo, valentia, honradez de muitos milhões de anônimos operários, camponeses, soldados, estudantes, intelectuais.
A classe operária e todas as classes dominadas seguirão em sua luta, hoje mais imprescindível que nunca, pois a crise do imperialismo que atinge o mundo todo faz mais de uma década só significa para nós desemprego, fome, opressão, exploração e guerras.
Lutam os povos nos cinco continentes, todos lutando contra o mesmo inimigo: o imperialismo, as grandes corporações transnacionais, as burguesias e seus Estados. Contra eles, carregamos sempre as nossas mesmas bandeiras vermelhas contra o desemprego e contra as ameaças às conquistas dos trabalhadores e por uma sociedade livre e sem patrões.
No Brasil, a classe operária e todos os pobres e dominados pelo capital compartilham o mesmo destino que nossos irmãos e irmãs ao redor do mundo.
A crise volta a se agravar no nosso país neste começo de ano e já são mais de 13 milhões de trabalhadores excluídos da produção e mais outros numerosos milhões que também veem suas condições de vida se deteriorar a olhos vistos, dia a dia.
Enquanto desmoronam todos os serviços públicos, toda a assistência à população, a saúde e a educação, os banqueiros, os empresários, os latifundiários e o governo comemoram e pedem mais! Teto de gastos, reforma trabalhista, reforma previdenciária, privatizações, etc. nada é suficiente para a voracidade de lucro da burguesia.
A classe operária e todos os trabalhadores se veem diante de uma única possibilidade: sua luta! Só com muita luta é que vamos conseguir resistir e avançar!
Companheiras e companheiros,
A crise que ronda o mundo todo se aprofunda e se alastra também em nosso continente (Argentina, Venezuela). A burguesia vê na crise uma oportunidade de aprofundar ainda mais a sua exploração e fazer recuar as conquistas dos trabalhadores arrancadas e mantidas até então com sangue e suor de gerações. Face a essa crise, portanto, as medidas da burguesia são apenas para aprofundar ainda mais a crise!
O choro de crianças famintas não chega aos ouvidos dos ricaços. O desespero de mães com filhos doentes nos braços batendo de porta em porta nos hospitais não lhes interessa. A humilhação de velhos e velhas aposentados, miseravelmente abandonados, nada lhe diz respeito. O infortúnio de centenas de milhares de famílias sem teto, sem terra, sem pão nem mínimas condições de vida, isso só lhes desperta desdém, balançar de ombros. A violência da fome, da destruição de famílias, do extermínio de nossos jovens, nada disso é violência para os burgueses, não os atinge.
Companheiras e companheiros,
Já é hora de dar um basta a esse estado de coisas!
Já é hora de levantar e organizar nossas fileiras para o combate. Combate que será duro, longo, desgastante. Mas em relação ao qual, não há alternativa.
O presente é de luta. O futuro será nosso!
TRABALHADORES DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!