A União das Mulheres pela Defesa de Paris e os Cuidados dos Feridos. Manifestos durante a Comuna de Paris, de abril e maio de 1871
Viva os 150 anos da imortal Comuna de Paris!
Cem Flores
13.08.2021
“A revolução social só funcionará quando as mulheres forem iguais aos homens.
Até lá, você terá apenas a aparência de revolução”.
Cidadã e communarde Destrée.
A União das Mulheres pela Defesa de Paris e os Cuidados dos Feridos foi uma organização revolucionária de mulheres trabalhadoras, criada durante a Comuna de Paris, de existência efêmera (menos de dois meses, em abril e maio de 1871) mas com lições e exemplos fundamentais para a luta feminista e para a luta de classes revolucionária das massas trabalhadoras. Numa época em que as mulheres não tinham direito a votar nem a serem votadas – mesmo para os órgãos da Comuna, é importante lembrar – a União das Mulheres defendia que as mulheres trabalhadoras deviam estar na frente da batalha, empunhando seus fuzis lado a lado aos homens trabalhadores, contra as classes dominantes; deveriam participar da retaguarda, organizando as ambulâncias e o atendimento aos/às feridos/as; deveriam participar da organização e das decisões da Comuna; deveriam assumir a direção de fábricas e do ensino; deveriam receber salários iguais; deveriam ter reconhecidas suas uniões estáveis e seus filhos etc.
O primeiro aspecto a ressaltar na União das Mulheres é sua composição de classe. Sabemos que a Comuna de Paris foi uma insurreição operária, surgida da luta das próprias massas trabalhadoras, com seus órgãos dirigentes sendo compostos por uma maioria de operários e alguns membros da pequena burguesia. Dentre as militantes conhecidas das estimadas 300 a 2.000 mulheres que compunham a União das Mulheres – basicamente representantes de bairros que compunham o Comitê Central – temos costureiras e bordadeiras, operárias mecânicas e têxteis, chapeleiras, lavadeiras, trabalhadoras de joalherias, professoras etc. A Comissão Executiva tinha a seguinte composição: Nathalie le Mel (encadernadora), Aline Jacquier (bordadeira), Blanche Lefevre (lavadeira), Marie Leloup (costureira), Aglaé Jarry (encadernadora), Elisabeth Dmitrieff (filha “ilegítima” de um aristocrata russo, revolucionária profissional) e Thérèse Collin (profissão não identificada).
Um segundo aspecto que também merece destaque é a forte vinculação da União das Mulheres com a Associação Internacional dos Trabalhadores (a 1ª Internacional). Dentre suas principais dirigentes revolucionárias destacavam-se as militantes da AIT, como Nathalie le Mel e Elisabeth Dmitrieff (ver notas biográficas abaixo); Blanche Lefevre, assassinada pelos versalheses na Semana Sangrenta, em 23 de maio, aos 24 anos; Adélaïde Valentin, operária feita coronel da legião federada, destacamento composto por mulheres; Herminie Cadolle, costureira e filha de carpinteiro, presa e posteriormente tesoureira do comitê de apoio aos communards deportados; Béatrix Excoffon, paramédica que defendeu a praça Blanche durante a Semana Sangrenta junto a Nathalie le Mel, Elisabeth Dmitrieff, Blanche Lefevre e Malvina Poulain e um batalhão de 120 mulheres e foi deportada com Louise Michel; entre diversas outras. Dessas valorosas socialistas, os documentos traduzidos e publicados abaixo nos dão provas do seu internacionalismo, de sua radicalidade revolucionária, de sua dedicação integral à causa da Comuna e de suas propostas para a reorganização das relações de trabalho, para a emancipação da classe operária do domínio da burguesia.
A União das Mulheres foi fundada em 11 de abril de 1871, mediante a divulgação de seu “Manifesto Às Cidadãs de Paris”, conhecido pelo seu famoso chamamento inicial: “Às armas! A pátria está em perigo!”. Nesse manifesto, a União das Mulheres identifica claramente o inimigo de classe: “Nossos inimigos são os privilegiados da ordem social atual, todos aqueles que sempre viveram do nosso suor, que sempre engordaram com a nossa miséria… Chega de exploradores, chega de mestres!”. E concluem com o chamamento das trabalhadoras parisienses à luta revolucionária: “Às portas de Paris, sobre as barricadas, nos subúrbios, não importa! Estejamos prontas, no momento certo, para juntarmos nossos esforços aos deles … E se as armas e as baionetas estiverem todas sendo usadas pelos nossos irmãos, ainda nos restarão os paralelepípedos para esmagar os traidores!”.
Em seguida, buscando avançar nas tarefas da revolução para a reorganização das relações de trabalho, a União das Mulheres encaminha um manifesto à Comissão de Trabalho e Trocas da Comuna, chefiada por Léo Frankel (também militante da AIT), demandando que elas passem a se encarregar da “reorganização e distribuição do trabalho das mulheres em Paris, começando por conceder-lhe o equipamento militar; além disso, não sendo suficiente esse trabalho para a massa de trabalhadoras, que coloque à disposição das associações produtivas federadas os montantes necessários para a exploração das fábricas e oficinas abandonadas pelos burgueses, que envolvam os ofícios essencialmente praticados por mulheres”. Seu objetivo socialista era claro: liberar o trabalho do jugo do capital explorador.
Os estatutos da União das Mulheres são publicados em 20 de abril. Sua organização é enraizada nos bairros proletários, onde comitês se encarregam de recrutar militantes, organizá-las e convocá-las para a luta onde fosse necessário. A partir de uma representante de cada bairro formava-se o Comitê Central da União das Mulheres. Os fundos coletados, após cobrir os custos de impressão e correspondência, eram destinados para, nessa ordem: sustentar membros indigentes ou doentes da União; remunerar as que, por falta de recursos, não puderam, sem dificuldades, doar todo o seu tempo; e comprar petróleo e armas para as cidadãs que combatem nas barricadas.
Em 6 de maio, o Comitê Central da União das Mulheres divulga outro manifesto, protestando veementemente contra uma proposta de conciliação com o inimigo de classe e de rendição à Versalhes. Naquelas condições concretas, de um poder operário atacado militarmente pelo seu inimigo de classe, a conciliação era uma traição. A União das Mulheres conclama a resistir e a defender a Comuna. Sua visão é clara:
“Hoje, uma conciliação seria uma traição!… Seria renegar todas as aspirações operárias que aclamam a renovação social absoluta, a destruição de todas as relações jurídicas e sociais atualmente existentes, a supressão de todos os privilégios, de todas as explorações, a substituição do reino do capital pelo do trabalho, em uma palavra, a emancipação do trabalhador por si mesmo!”.
As militantes da União das Mulheres se destacaram principalmente na luta revolucionária em defesa da Comuna de Paris em todos os cantos, da costura dos uniformes da Guarda Nacional, aos cuidados dos feridos nas ambulâncias e postos por toda a Paris, na retaguarda, nas trincheiras e nas barricadas armadas até o último suspiro da primeira experiência mundial de poder operário.
Que seu exemplo revolucionário, sua dedicação heroica, suas bandeiras de igualdade entre mulheres e homens e de revolução das relações de produção e das relações de trabalho inspirem as revolucionárias comunistas do século 21!
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Revolucionária francesa nascida em 1826 e militante da Associação Internacional dos Trabalhadores (1ª Internacional). Foi uma destacada liderança sindical, atuando junto com outro camarada de Internacional e depois um dos dirigentes da Comuna, Eugène Varlin, operário gráfico como ela. Fundou e trabalhou em cooperativas, como os restaurantes comunitários “A Marmita”, que atendiam milhares de trabalhadores. Participou ativamente da Comuna. Foi deportada junto com Louise Michel, libertada em 1880 e continuou a luta pela igualdade das mulheres por toda a sua vida.
Nathalie Le Mel.
Revolucionária russa nascida em 1850. Por sua militância revolucionária, exila-se na Suíça em 1868, onde participa da fundação da sessão russa da Primeira Internacional, em Genebra. Destacada para Londres em novembro de 1870, entra em contato com Marx que a envia, em nome da Internacional para Paris, em 25 de março de 1871, poucos dias após a criação da Comuna. Com Nathalie Le Mel e outras, fundou a União das Mulheres para a Defesa de Paris e o Cuidado dos Feridos, da qual foi secretária geral. Após lutar e ser ferida nas barricadas, durante a Semana Sangrenta, ainda conseguiu salvar Léo Frankel, também ferido em combate, e escapar da repressão, retornando à Rússia.
“O trabalho das mulheres era o mais explorado de todos na ordem social do passado, […] sua imediata reorganização é urgente” (Élisabeth Dmitrieff).
Revolucionária socialista francesa, professora primária, nascida em 1830. Figura feminina de maior destaque da Comuna. Militava também pelas causas femininas, fundadora da Sociedade para a Reivindicação dos Direitos Civis das Mulheres. Participou ativamente das ações políticas e militares da Comuna, destacando-se como atiradora, participando da defesa dos fortes de Paris e lutando nas últimas barricadas. De postura exemplar diante de seus inimigos de classe, foi presa na derrota da Comuna, em seguida deportada. Após a anistia, voltou à França e continuou suas atividades revolucionárias, aproximando-se dos ideais anarquistas. Voltou a ser presa e exilada. Morreu em 1905 e foi velada por uma manifestação de 100 mil pessoas.
“Pertenço por inteiro à Revolução social e declaro assumir a responsabilidade por todos os meus atos. Aceito-a sem restrições. … Como parece que todo coração que bate pela liberdade só tem direito a um pouco de chumbo, exijo minha parte! Se me deixardes viver, não cessarei de gritar vingança” (Louise Michel, durante seu julgamento).
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Manifesto às Cidadãs de Paris
11 de abril de 1871
Paris está cercada. Paris está sendo bombardeada…
Cidadãs, onde estão nossos filhos e nossos irmãos e nossos maridos?… Vocês escutam os estrondos dos canhões e o dobrar dos sinos tocando a convocação sagrada?
Às armas! A pátria está em perigo!…
É o estrangeiro que volta a invadir a França? São as legiões coligadas dos tiranos da Europa que massacram nossos irmãos, esperando destruir, junto com a grande cidade, até mesmo a lembrança das conquistas imortais que depois de um século nós pagamos com nosso sangue e que o mundo chama de liberdade, igualdade, fraternidade? …
Não, esses inimigos, esses assassinos do povo e da liberdade, são Franceses! …
Essa vertigem fratricida que se apodera da França, esse combate até a morte, é o ato final do eterno antagonismo entre o direito e a força, entre o trabalho e a exploração, entre o povo e seus algozes!… Nossos inimigos são os privilegiados da ordem social atual, todos aqueles que sempre viveram do nosso suor, que sempre engordaram com a nossa miséria… Eles viram o povo se levantar gritando: “Não a deveres sem direitos, não a direitos sem deveres!… Nós queremos trabalho, mas para ficar com o produto… Chega de exploradores, chega de mestres!… Trabalho e bem-estar para todos – o governo do povo por si mesmo – a Comuna, viver livre trabalhando, ou morrer combatendo!…”. E o medo de se verem convocados ao tribunal do povo leva nossos inimigos a cometer o maior dos crimes, a guerra civil!
Cidadãs de Paris, descendentes das mulheres da grande Revolução, que, em nome do povo e da justiça, marcharam sobre Versalhes, trouxeram de volta Luís XVI preso, nós, mães, mulheres e irmãs desse povo francês, suportaremos por mais tempo ainda que a miséria e a ignorância tornem inimigos nossos filhos, que pai contra filho, irmão contra irmão, eles venham a matar um ao outro sob nossos olhos por capricho de nossos opressores, que querem o aniquilamento de Paris após a terem entregado ao estrangeiro?
Cidadãs, a hora decisiva chegou. É preciso acabar com o velho mundo! Nós queremos ser livres! E não é apenas a França que se levanta, todos os povos civilizados têm os olhos sobre Paris, esperando nosso triunfo para, por sua vez, se libertarem. Essa mesma Alemanha – cujos exércitos principescos devastaram nossa pátria, jurando de morte suas tendências democráticas e socialistas – também tem sido abalada e atingida pelo sopro revolucionário! Além disso, ela está há seis meses em estado de sítio e seus representantes operários estão na masmorra! A própria Rússia vê perecer seus defensores da liberdade, apenas para saudar uma nova geração, por sua vez pronta a combater e a morrer pela República e pela transformação social!
A Irlanda e a Polônia, que morrem apenas para renascer com uma energia nova – A Espanha e a Itália, que recuperam seu vigor perdido para se juntarem à luta internacional dos povos – A Inglaterra, na qual toda a massa, proletária e assalariada, se torna revolucionária por sua posição social – A Áustria, na qual o governo tem que reprimir as revoltas simultâneas do próprio país e das potências eslavas – esse confronto perpétuo entre as classes reinantes e o povo não indica que a árvore da liberdade, fecundada pelas correntes de sangue derramadas durante os séculos, enfim gerou seus frutos?
Cidadãs, a luva foi lançada, é preciso vencer ou morrer! Que as mães, as mulheres que dizem: “que importa o triunfo da nossa causa, se eu devo perder aqueles que eu amo!” se convençam enfim que a única maneira de salvar aqueles que lhes são caros – o marido que a sustenta, o filho no qual ela deposita suas esperanças – é tomar parte ativa na luta engajada, para finalmente e de uma vez por todas fazê-la cessar, essa luta fratricida que não pode terminar senão pelo triunfo do povo, ou então ser renovada em um futuro próximo!
Ai das mães, se uma vez mais o povo sucumbir! Serão seus filhos jovens que pagarão por essa derrota, pois para nossos irmãos e nossos maridos, é a cabeça deles que está em jogo, e a reação faz bem esse jogo! A clemência, nem nós nem nossos inimigos não a queremos!…
Cidadãs, todas decididas, todas unidas, velemos pela segurança da nossa causa! Nos preparemos para defender e para vingar nossos irmãos! Às portas de Paris, sobre as barricadas, nos subúrbios, não importa! Estejamos prontas, no momento certo, para juntarmos nossos esforços aos deles. Se os infames que fuzilam os prisioneiros, que assassinam nossos chefes, metralharem uma multidão de mulheres desarmadas, tanto melhor! O grito de horror e de indignação da França e do mundo completará o que nós tenhamos tentado!… E se as armas e as baionetas estiverem todas sendo usadas pelos nossos irmãos, ainda nos restarão os paralelepípedos para esmagar os traidores!…
Um grupo de cidadãs.
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Manifesto do Comitê Central da União das Mulheres à Comissão de Trabalho e Trocas da Comuna de Paris
Primeira quinzena de abril de 1871 (?)
Considerando,
Que a reorganização do trabalho visando assegurar o produto ao produtor não pode ser realizada senão mediante associações produtivas livres que explorem as diversas indústrias em seu benefício coletivo; que a formação dessas associações que liberem o trabalho do jugo do capital explorador asseguraria aos trabalhadores, finalmente, a direção de seus próprios assuntos, ao mesmo tempo que facilitaria as reformas imediatas e essenciais a serem realizadas no mecanismo da produção tanto quanto nas relações sociais dos produtores, a saber:
a) a diversidade do trabalho em cada ofício; a repetição contínua do mesmo movimento manual influindo de maneira funesta no organismo e no cérebro;
b) a diminuição das horas de trabalho; a erosão das forças físicas levando inevitavelmente à extinção das faculdades morais;
c) a eliminação de toda a concorrência entre trabalhadores dos dois sexos, sendo absolutamente idênticos seus interesses e seu entendimento solidário sendo indispensável para o êxito da greve definitiva e universal do trabalho contra o capital […].
Que o desenvolvimento geral dessas associações produtivas necessita da:
1 – propaganda e organização entre as massas trabalhadoras […].
2 – ajuda do estado através do adiantamento do crédito necessário para a formação dessas associações […].
Considerando, além disso, que na ordem social do passado o trabalho da mulher era o mais explorado é muito urgente sua reorganização imediata […].
Por essas razões:
O Comitê Central da União das Mulheres solicita à Comissão de Trabalho e Trocas da Comuna que lhe encarregue da reorganização e distribuição do trabalho das mulheres em Paris, começando por conceder-lhe o equipamento militar; além disso, não sendo suficiente esse trabalho para a massa de trabalhadoras, que coloque à disposição das associações produtivas federadas os montantes necessários para a exploração das fábricas e oficinas abandonadas pelos burgueses, que envolvam os ofícios essencialmente praticados por mulheres […]
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Manifesto do Comitê Central da União das Mulheres pela Defesa de Paris e os Cuidados dos Feridos
6 de maio de 1871
Em nome da Revolução social que aclamamos, em nome da reivindicação dos direitos do trabalho, da igualdade e da justiça, a União das Mulheres pela Defesa de Paris e os Cuidados dos Feridos protesta com todas as suas forças contra a indigna proclamação às cidadãs, divulgada e pregada como cartaz ontem, proveniente de um grupo anônimo de reacionárias.
A citada proclamação sustenta que as mulheres de Paris clamam pela generosidade de Versalhes e pedem a paz a qualquer preço.
A generosidade dos covardes assassinos!
Uma conciliação entre a liberdade e o despotismo, entre o Povo e seus algozes!
Não, não é a paz, mas a guerra extrema o que as trabalhadoras de Paris estão exigindo!
Hoje, uma conciliação seria uma traição!… Seria renegar todas as aspirações operárias que aclamam a renovação social absoluta, a destruição de todas as relações jurídicas e sociais atualmente existentes, a supressão de todos os privilégios, de todas as explorações, a substituição do reino do capital pelo do trabalho, em uma palavra, a emancipação do trabalhador por si mesmo!
Seis meses de sofrimentos e de traição durante o cerco, seis semanas de luta gigantesca contra os exploradores coligados, rios de sangue derramados por causa da liberdade são nossas credenciais de glória e de vingança!
A luta atual não pode ter outro resultado senão o triunfo da causa popular… Paris não retrocederá pois carrega a bandeira do futuro. A hora suprema chegou… adiante os trabalhadores, fora seus algozes!
Atos! Energia!
A árvore da liberdade cresce regada pelo sangue dos seus inimigos!
Todas unidas e decididas, curtidas e esclarecidas pelos sofrimentos que as crises sociais sempre trazem consigo, profundamente convencidas de que a Comuna, representante dos princípios internacionais e revolucionários dos povos, carrega em si os germes da revolução social, as Mulheres de Paris provarão à França e ao mundo que elas também saberão, no momento do perigo supremo – nas barricadas, nas muralhas de Paris, se a reação forçar as portas – dar, como seus irmãos, seu sangue e sua vida pela defesa e pelo triunfo da Comuna, isto é, do Povo!
Então, vitoriosos, em condição de se unir e se entender com base nos seus interesses comuns, trabalhadores e trabalhadoras, todos solidários, com um último esforço aniquilarão para sempre todo o vestígio de exploração e de exploradores!
VIVA A REPÚBLICA SOCIAL E UNIVERSAL!…
VIVA O TRABALHO!…
VIVA A COMUNA!…
A Comissão Executiva do Comitê Central
Paris, 6 de maio de 1871
LE MEL
JACQUIER,
LEFEVRE,
LELOUP,
DMITRIEFF.