CEM FLORES

QUE CEM FLORES DESABROCHEM! QUE CEM ESCOLAS RIVALIZEM!

Cem Flores, Destaque, Lutas

1º de maio: dia de luta contra a exploração capitalista!

Boletim Que Fazer – maio de 2024

A vida dos trabalhadores e das trabalhadoras continua marcada pela exploração dos patrões e pela opressão do estado e suas guerras. Nesta data lembramos que precisamos e podemos construir uma nova sociedade.

Cem Flores

01.05.2024

Viva o 1º de maio! Somos uma só classe em todo o mundo!

Há mais de um século, os trabalhadores e as trabalhadoras em todo o mundo celebram sua própria força e resistência no Dia Internacional dos/as Trabalhadores/as. Tudo o que existe no mundo é feito pelas nossas mãos. Todas as conquistas que temos hoje foram resultado de muita luta e sacrifício de nossos antepassados contra a sanha dos patrões e seus aliados. Essa é a nossa história, que não podemos esquecer. Unidos somos fortes e não há inimigo impossível de ser derrotado!

Nossa jornada é marcada por inúmeros heróis e heroínas, de todos os países, que dedicaram suas vidas à luta por condições de trabalho e de vida melhores. Este dia também é para honrar aqueles e aquelas que caíram em greves, protestos e revoluções. Seguimos os passos desses/as camaradas.

O presente ainda é de muita exploração e desigualdade. Em todo o mundo, milhões de irmãos e irmãs de classe estão na mais dura miséria, enquanto os patrões esbanjam luxos incalculáveis. Os poderosos voltam a fazer guerras e massacres por mais poder e dinheiro, e é o nosso sangue a ser derramado na Europa, na Palestina, nas periferias da América Latina. Mais uma vez, precisamos nos reerguer e construir um futuro diferente!

A condição das classes trabalhadoras no Brasil

No Brasil, as classes trabalhadoras enfrentam anos de muitos ataques e piora nas suas condições de trabalho e de vida. As últimas crises alimentaram não só o desemprego e a informalidade como também o avanço dos patrões e dos seus governos sobre as nossas conquistas.

Mesmo com a retomada da economia após a crise da pandemia, ainda são milhões de desempregados/as ou se virando como conseguem na informalidade. As ruas dos grandes centros urbanos continuam cheias de trabalhadores e trabalhadoras na miséria. Mesmo aqueles/as empregados/as estão sufocados com os altos preços e o endividamento.

Como se isso não bastasse, enquanto os ricos têm acesso aos melhores planos de saúde e moram nos bairros mais seguros, as massas trabalhadoras enfrentam as filas e as péssimas condições dos hospitais públicos; moram nos bairros mais precários e de alta violência.

Para a imensa maioria, a escravidão continua, só mudou de forma! Poucos permanecem roubando a riqueza criada pela grande maioria, que vive um cotidiano de humilhação, sofrimento e cansaço.

As dificuldades atuais da luta

Nesse quadro de perdas de conquistas e piora nas condições de vida, as classes trabalhadoras no Brasil têm encontrado dificuldades para resistir e reagir à altura. Assim como ocorre em outros países, enfrentamos um período de baixa nas lutas, greves e protestos.

O baixo patamar de lutas, mesmo com tantas razões para elevar a mobilização, possui vários motivos. Em primeiro lugar, o aumento do desemprego e da informalidade nos últimos anos rebaixaram o poder de barganha dos trabalhadores/as. Junto a isso, vivemos um período de forte ofensiva patronal em todos os níveis. Por exemplo, no âmbito da dita justiça trabalhista, são cada vez mais comuns decisões absurdas que na prática anulam o direito de greve. Por fim, as massas trabalhadoras se encontram hoje muito desorganizadas para enfrentar esse cenário mais difícil. O movimento sindical há tempos é controlado por pelegos, cuja prática afasta as bases da atividade sindical e substitui a luta por ilusões institucionais.

Superar esse quadro é um dos principais desafios das classes trabalhadoras na conjuntura brasileira atual. Precisamos debater e nos esforçar diariamente visando a reorganização independente dos/as trabalhadores/as nos locais de trabalho. Junto a isso, reconstruir o campo do proletariado revolucionário.

Nenhuma ilusão com esse governo e seus aliados

Nossa vida só melhora com nossa luta. Nossa força só será recuperada com nossa organização. Acabar de vez com a exploração patronal, apenas com uma Revolução. Não podemos nos desviar dessas lições, sobretudo em contexto de mais um governo dito dos trabalhadores – na realidade, mais um governo dos patrões.

As centrais sindicais e vários movimentos populares se encontram hoje completamente subordinados a esse governo. Para cumprirem seu papel de verdadeiras correias de transmissão, recebem vários cargos, mordomias e verbas. Cinicamente, iludem que só assim conseguiremos conquistas para as massas trabalhadoras e derrotaremos as forças políticas mais reacionárias.

Mas, após quase um ano e meio de governo, a realidade prova o contrário. Esse governo continua os ataques aos/às trabalhadores/as, como no projeto de lei dos motoristas de aplicativos e nas privatizações. Propõe arrocho salarial para a maioria das categorias federais e por aí vai.

Ao se venderem para o governo, esses movimentos não só se desarmam para a luta, enfraquecem a capacidade autônoma das classes trabalhadoras, como também se tornam cúmplices dos ataques que continuam. Por nisso, nosso caminho é o da luta independente!

Compartilhe
- 01/05/2024