CEM FLORES

QUE CEM FLORES DESABROCHEM! QUE CEM ESCOLAS RIVALIZEM!

Conjuntura, Cultura, Lutas, Movimento operário, Nacional, Teoria

Maior preocupação com a vida das massas e maior atenção aos métodos de trabalho

Prática muito comum e antiga nos bairros operários e periferias brasileiras: mutirão para “bater a laje”. O trabalho pesado para resolução do problema de moradia é dividido entre familiares, amigos e vizinhos, em dias de “folga”. Normalmente, o evento também significa lazer, com comida, bebida, música…

Reproduzimos o texto de Mao Tse Tung que, como informa o site e nossa fonte marxists.org, “constitui uma parte das conclusões apresentadas pelo camarada Mao Tse Tung ao II Congresso Nacional dos Delegados dos Operários e Camponeses, realizado em Jueiquin, província de Quiansi, em Janeiro de 1934.”

A nosso ver, o texto apresenta importantes contribuições para o atual momento político do movimento comunista. Movimento este em nível rudimentar de reorganização, sob forte ofensiva ideológica do inimigo, e com a tarefa urgente de (re)fundir-se às classes dominadas e às suas lutas. 

A despeito das particularidades históricas nas quais o dirigente comunista se debruça, podemos notar certos princípios e características do estilo comunista no trabalho político e na luta ideológica. Como o próprio título destaca, a luta de classes, inclusive quando em contexto de guerra aberta, como no caso chinês da época, não possui apenas uma dimensão de confronto com o inimigo. Há também o problema das condições de vida das massas, com questões concretas e cotidianas, no qual os comunistas devem atuar.

Ora, como o início do texto nos informa, a guerra popular, guerra das classes dominadas em seu processo de emancipação, é uma guerra que “só pode realizar-se mobilizando-se as massas e apoiando-se nelas”. Assim, problemas a primeira vista “não políticos”, ou menores, ligados à sobrevivência cotidiana, por exemplo, ganha outro estatuto para a teoria, a organização e a ação comunista. “Todas as questões práticas da vida quotidiana das massas devem constituir objeto da nossa atenção”.

Organizar a vida do povo, com o povo, ou o que Mao chamava de servir ao povo, é uma tarefa essencial para um comunista. Aprende-se, geram-se laços de confiança, bases de apoio… Mas não só: as classes dominadas resolvendo seus problemas, buscando com suas forças melhores condições de vida, enfrenta a influência material e ideológica do inimigo de classe. “Façamos nós por nossas mãos. Tudo o que a nós nos diz respeito!“, já dizia o hino da Internacional.

Na atual conjuntura, a vida comunitária encontra problemas e potencialidades diferentes da sociedade chinesa da primeira metade do século XX. Mas continua sendo uma questão central a ser estudada seriamente, em suas especificidades, e alvo de dedicação e esforço máximo por parte dos comunistas. E similaridades não são descartadas: formas de mutualismo, presentes desde os primórdios do movimento operário, aparecem tanto lá quanto em nossa realidade mais imediata.

Sem essa presença concreta, organizada, paciente [1], contínua, abnegada, e sempre em reavaliação, junto às massas, os revolucionários têm suas chances de crescimento político reduzido a zero. “Devemos ajudá-las (as massas) a, partindo dessas realidades, chegar à compreensão das tarefas mais elevadas que temos proposto, as tarefas da guerra revolucionária, de maneira que apoiem a revolução, a estendam pelo país inteiro, respondam aos nossos apelos políticos e lutem até ao fim pela vitória da revolução”. Ou, como dizia Engels, “a hegemonia política teve por base, em todas as partes, o exercício de uma função social, podendo garantir-se tão somente enquanto preenchesse a função social em que se fundamentava”.

Vamos ao texto de fato, com destaques nossos.

1 Em outro primoroso texto de 1944, Mao reforça (grifos nossos): “para ligar-se às massas importa agir de acordo com as necessidades e aspirações das massas. Todo o trabalho para as massas deve partir das necessidades destas, e não do desejo deste ou daquele indivíduo, ainda que bem-intencionado. Acontece frequentes vezes que, objetivamente, as massas necessitam de certa mudança mas, subjetivamente, não estão ainda conscientes dessa necessidade, não a desejam ou ainda não estão determinadas a realizá-la. Nesse caso devemos esperar pacientemente. Não devemos realizar tal mudança senão quando, em virtude do nosso trabalho, a maioria das massas se tenha tornado consciente dessa necessidade e esteja desejosa e determinada a realizá-la. Doutro modo, isolamo-nos das massas. Enquanto as massas não estão conscientes e desejosas, toda a espécie de trabalho que requer a sua participação resulta em mera formalidade e termina num fracasso. O “devagar se vai ao longe” não traduz uma oposição à rapidez, mas sim ao putschismo. O putschismo é que conduz inevitavelmente ao fracasso. Isso é justo para todos os trabalhos, sobretudo para o trabalho cultural e educativo, transformador da ideologia das massas. Há dois princípios aqui: um, é o das necessidades reais das massas, e não aquilo que imaginamos serem as suas necessidades; o outro, é o do desejo livremente expresso pelas massas, as decisões que estas tomam por si próprias, e não as decisões que nós tomamos em seu lugar.” Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/mao/1944/10/30.htm

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Maior preocupação com a vida das massas e maior atenção aos métodos de trabalho

Mao Tse Tung

27 de janeiro de 1934

Eu penso ser necessário tratar especialmente de duas questões que, ao longo dos debates, não mereceram a devida atenção da parte dos camaradas. A primeira é a que diz respeito à vida das massas. A nossa tarefa essencial no momento presente, consiste em mobilizar as grandes massas populares para que participem na guerra revolucionária, em derrotar o imperialismo e o Kuomintang por meio dessa guerra, em estender a revolução a todo o país e expulsar os imperialistas da China. Todo aquele que subestimar essa tarefa fundamental não é um bom militante revolucionário. Se os nossos camaradas compreendessem realmente essa tarefa e se apercebessem da necessidade de, custe o que custar, estender a revolução a todo o país, de maneira nenhuma descuidariam ou subestimariam o problema dos interesses vitais e das condições de vida das grandes massas. E isso é assim porque a guerra revolucionária é uma guerra de massas, só pode realizar-se mobilizando-se as massas e apoiando-se nelas.

Acaso poderíamos alcançar o nosso objetivo, que é derrotar o inimigo, se nada mais fizéssemos além da simples mobilização das massas para a realização da guerra? Claro que não. Se queremos vencer, temos que fazer muito mais. Temos de orientar os camponeses na luta pela conquista da terra e devemos distribuir-lhes terras, estimular o entusiasmo dos camponeses pelo trabalho e aumentar a produção agrícola, defender os interesses dos operários, criar cooperativas, desenvolver o comércio exterior, resolver questões tais como a de assegurar às massas vestuário, alimentação, alojamento, abastecimento em lenha, arroz, óleo e sal, resolver-lhes os problemas relativos à saúde e à higiene e ainda os problemas relacionados com o matrimonio. Em suma, todas as questões práticas da vida quotidiana das massas devem constituir objeto da nossa atenção. Se dispensarmos atenção a tais problemas, se os resolvermos e satisfizermos as necessidades das massas, converter-nos-emos em autênticos organizadores da vida do povo, as massas agrupar-se-ão realmente à nossa volta, apoiando-nos com todo o seu calor. E será que poderemos, camaradas, mobilizar as massas para a guerra revolucionária? Claro que podemos.

Entre os nossos militantes, registraram-se casos de preocupação exclusiva com o aumento dos efetivos do Exército Vermelho, com o aumento dos destacamentos de transporte, com a cobrança das taxas sobre a terra e com a promoção da venda de títulos de dívida pública. Tais camaradas não se interessaram pelos restantes problemas, negligenciaram-nos e chegaram mesmo ao ponto de não se ocuparem em absoluto deles. Por exemplo, durante algum tempo, o governo municipal de Tindjou só se ocupou do aumento dos efetivos do Exército Vermelho e da mobilização de homens para os destacamentos de transporte, sem se preocupar um mínimo com a questão do bem-estar das massas. E, no entanto, faltava combustível à população de Tindjou, não se podia comprar sal porque estava sonegado pelos capitalistas, parte da população não dispunha de alojamento onde abrigar-se, o arroz escasseava na cidade e o seu custo era elevado. Esses eram os problemas práticos que enfrentavam as massas populares em Tindjou, problemas para cuja solução elas depositavam grandes esperanças em nós. Mesmo assim, o governo municipal de Tindjou nem sequer os discutiu. Foi por isso que, pouco tempo após as novas eleições para o Conselho de Representantes dos Operários e Camponeses de Tindjou, mais de cem eleitos deixaram de assistir às respectivas sessões, pois a maior parte destas se limitava à questão do aumento dos efetivos do Exército Vermelho e da mobilização de pessoal para os destacamentos de transporte, não se prestando a menor atenção à vida das massas. Assim, a convocação das sessões do Conselho acabou por tornar-se impraticável. Precisamente por isso foram tão insignificantes os resultados do trabalho para o aumento dos efetivos do Exército Vermelho e para a mobilização de pessoal destinado aos destacamentos de transporte, em Tindjou. Isso é um tipo de casos. 

Os camaradas leram certamente o folheto que vos foi distribuído sobre as duas circunscrições exemplares. Nelas, a situação é completamente diferente. Que importantes não são as contribuições dadas ao Exército Vermelho pelas circunscrições de Tchancam(1), na província de Quiansi, e Tsaici(2), na província de Fuquien! Na circunscrição de Tchancam, 80% da juventude e dos homens e mulheres de idade madura ingressou nas fileiras do Exército Vermelho, e, na de Tsaici, 88%. A venda de títulos de dívida pública alcançou igualmente um grande sucesso, tendo sido arrecadados 4.500 yuan em Tchancam, circunscrição que conta com uma população de 1.500 habitantes. E obtiveram-se também muito bons resultados noutros setores do trabalho. Como explicar tal situação? Alguns exemplos far-nos-ão entender. Quando um incêndio destruiu um dos quartos e parte doutro da casa de um camponês pobre da circunscrição de Tchancam, o governo local procedeu a uma coleta entre a população, para acudir ao infortunado. Como três moradores da circunscrição não tivessem meios de subsistência, foram imediatamente socorridos com arroz recolhido pelo respectivo governo e associação de ajuda mútua. Como se tivesse verificado uma falta de cereais no Verão do ano passado, o governo de Tchancam agiu no sentido de fazer vir arroz do distrito de Cunlue(3), que está situado a mais de duzentos lis, prestando assim uma ajuda às massas. Diligências semelhantes foram igualmente feitas com êxito na circunscrição de Tsaici. Esses governos são efetivamente exemplares. Os seus métodos de direção distinguem-se radicalmente dos métodos burocráticos do governo municipal de Tindjou. Há que aprender com as circunscrições de Tchancam e Tsaici e lutar contra as direções burocráticas como a de Tindjou!

Proponho seriamente ao Congresso que prestemos uma profunda atenção aos problemas da vida das massas, desde os problemas da terra e do trabalho aos problemas dos combustíveis, do arroz, dos óleos de cozinha e do sal. As mulheres querem aprender a lavrar e a gradar a terra; a quem pedir para ensiná-las? As crianças querem estudar; já estão criadas as escolas primárias? A ponte de madeira ali da frente é tão estreita que em cada momento se corre o risco de cair-se dela para a água; não será já tempo de reconstruí-la? Muitas pessoas sofrem de várias doenças e têm feridas; como curá-las? Todos esses problemas respeitantes à vida das massas devem ser postos na nossa ordem do dia. Devemos discuti-los, tomar decisões e aplicá-las, controlando os respectivos resultados. Devemos fazer com que as grandes massas compreendam que nós representamos os seus interesses, que respiramos o mesmo ar que elas. Devemos ajudá-las a, partindo dessas realidades, chegar à compreensão das tarefas mais elevadas que temos proposto, as tarefas da guerra revolucionária, de maneira que apoiem a revolução, a estendam pelo país inteiro, respondam aos nossos apelos políticos e lutem até ao fim pela vitória da revolução. As massas da circunscrição de Tchancam dizem: “O Partido Comunista é realmente muito bom, pois preocupa-se com tudo quanto se relaciona com o nosso bem-estar.” Os camaradas da circunscrição de Tchancam são um exemplo para todos nós. Como são dignos de respeito! Eles souberam conquistar o amor sincero das grandes massas e o seu apelo no sentido da mobilização de homens para a guerra encontra o apoio destas. Queremos conquistar o apoio das massas? Queremos que elas consagrem todas as suas forças à frente de combate? Pois bem, vivamos em comum com as massas, estimulemos o seu entusiasmo e iniciativa, interessemo-nos profundamente pelas questões do seu bem-estar, sirvamos os seus interesses com toda a seriedade e sinceridade e resolvamos todos os seus problemas de produção e vida quotidiana, tais como os do sal, do arroz, da habitação, do vestuário, da proteção da maternidade, numa palavra, os seus problemas. Se agirmos assim, as grandes massas conceder-nos-ão infalivelmente o seu apoio, a revolução passará a constituir para elas uma questão vital e será o seu mais glorioso estandarte. E no caso de o Kuomintang atacar as regiões vermelhas, as massas dar-lhe-ão um combate decisivo, incluído o sacrifício da própria vida. Não há qualquer dúvida sobre isso. Acaso não desbaratamos efetivamente a primeira, a segunda, a terceira e a quarta campanhas de “cerco e aniquilamento” lançadas pelo inimigo?

O Kuomintang recorre atualmente à táctica dos blocausses(4), constrói “conchas de tartaruga” em larga escala e pensa que, agindo assim, está a construir muralhas de ferro. Camaradas, serão essas muralhas realmente indestrutíveis? De maneira nenhuma. Vejamos: não é verdade que se mantiveram solidamente, e durante milênios, os palácios rodeados de muralhas e fossos dos imperadores feudais? No entanto, com a sublevação das massas, as muralhas e os palácios foram caindo uns atrás dos outros. O czar da Rússia era um dos governantes mais cruéis do mundo; acaso ficou algo dele, depois que os proletários e os camponeses se levantaram em revolução? Absolutamente nada. Que aconteceu às suas muralhas indestrutíveis? Foram desmanteladas. Qual é, camaradas, a verdadeira muralha de ferro? São as massas, os milhões e milhões de homens que genuína e sinceramente apoiam a revolução. Essa é a verdadeira muralha de ferro que nenhuma força pode em caso algum destruir. A contra-revolução não pode esmagar-nos; pelo contrário, somos nós quem pode esmagar a contra-revolução. Unindo os milhões e milhões de homens em torno do governo revolucionário e desenvolvendo a guerra revolucionária, nós liquidaremos toda a contra-revolução e conquistaremos a China inteira.

A segunda questão é a que se refere aos métodos de trabalho.

Nós somos, simultaneamente, dirigentes e organizadores da guerra revolucionária e da vida das massas. A organização da guerra revolucionária e a melhoria da vida das massas constituem as nossas duas grandes tarefas. É justamente aí que o problema dos métodos de trabalho se nos apresenta em toda a sua gravidade. Não basta formular tarefas; é igualmente necessário resolver o problema dos métodos que permitem cumpri-las. Suponhamos que a nossa tarefa seja a de atravessar um rio; sem ponte nem barca jamais conseguiremos fazê-lo. Daí resulta que se a questão da ponte ou da barca não está resolvida, falar em atravessar o rio é palavreado vazio. Enquanto a questão dos métodos não fica resolvida é inútil falar sobre as tarefas. Se não dispensarmos a devida atenção à direção dos trabalhos que visam aumentar os efetivos do Exército Vermelho, nem nos preocuparmos com os métodos a empregar para tal efeito, ainda que repitamos mil vezes que “é preciso alargar o Exército Vermelho”, não conseguiremos, de modo algum, alcançar os nossos objetivos. Se, na realização de qualquer outro trabalho, quer se trate da verificação na questão da distribuição das terras, da edificação econômica, da cultura e educação, ou do nosso trabalho nas regiões novas e nas regiões fronteiriças, em todo o trabalho, nós não fizermos mais do que fixar tarefas, não pensarmos nos métodos próprios para a respectiva execução, não lutarmos contra os métodos burocráticos de trabalho, não adotarmos métodos práticos e concretos, não rejeitarmos o método autoritarista nem adotarmos o método da persuasão paciente, seremos incapazes de levar avante qualquer delas.

Os camaradas do distrito de Sincuo fizeram um trabalho de primeira ordem e merecem que os distingamos como trabalhadores exemplares. Os camaradas do nordeste da província de Quiansi também fizeram um trabalho importante, de maneira criadora, e merecem igualmente que os qualifiquemos de trabalhadores exemplares. Os camaradas como os do distrito de Sincuo e do nordeste da província de Quiansi, souberam ligar a vida das massas à guerra revolucionária e resolveram ao mesmo tempo as questões do método e das tarefas do trabalho revolucionário. Eles trabalham conscienciosamente, solucionam os problemas com um cuidado minucioso e assumem efetivamente as suas responsabilidades para com a revolução; são organizadores e dirigentes notáveis da guerra revolucionária e organizadores e dirigentes notáveis da vida das massas. Noutras regiões, os camaradas fizeram também progressos no trabalho e merecem a nossa distinção. Foi o que aconteceu em certos pontos dos distritos de Chan-ham, Tchantim, Iontim, etc, na província de Fuquien, no Siquiam e outras regiões do sul da província de Quiansi, em certos pontos dos distritos de Tchalim, Ionsin e Qui-an, na região fronteiriça Hunan-Quiansi, em certos pontos do distrito de Iansin, na região fronteiriça Hunan-Hup-Quiansi e, igualmente, nos sub-distritos e circunscrições de muitos distritos da província de Quiansi e do distrito de Jueiquin, que está diretamente subordinado ao Governo Central.

Em todos os pontos do território sob a nossa administração, há indubitavelmente um grande número de quadros plenos de atividade, excelentes camaradas originários das massas. Esses camaradas têm a responsabilidade de ajudar a melhorar o nosso trabalho nas regiões onde este apresenta fraquezas, bem como de ajudar os camaradas que ainda não estejam aptos a realizar devidamente as suas tarefas. Estamos empenhados numa grande guerra revolucionária, devemos aniquilar a campanha de “cerco e aniquilamento” empreendida em larga escala pelo inimigo, e estender a revolução por todo o país. Uma responsabilidade enorme recai sobre todos os militantes revolucionários. Depois do presente Congresso, devemos adotar medidas eficazes para melhorar o nosso trabalho, as regiões de vanguarda devem continuar a progredir e as regiões retardatárias devem anular o seu atraso frente àquelas. Precisamos de criar milhares de circunscrições como a de Tchancam e dezenas de distritos como o de Sincuo. Essas serão as nossas posições sólidas. Dominadas tais posições, será a partir daí que iremos desbaratar as campanhas de “cerco e aniquilamento” do inimigo e derrubar a dominação do imperialismo e do Kuomintang por toda a China.

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(1) Circunscrição do distrito de Sincuo, província de Quiansi. 

(2) Circunscrição do distrito de Chan-ham, província de Fuquien. 

(3) Distrito da região vermelha de Quiansi. Tinha por centro a vila de Tuneu, no sudeste do distrito de Qui-an. A esse distrito foi dado o nome de Cunlue, em memória do camarada Huam Cunlue, comandante do III Corpo do Exército Vermelho, que aí perdeu a vida em Outubro de 1931. 

(4) Em Julho de 1933, no decurso da conferência militar realizada na montanha Lu, província de Quiansi, Tchiang Kai-chek tomou a decisão de adotar na sua quinta campanha de “cerco e aniquilamento” uma nova táctica militar, a táctica da construção de blocausses em redor das regiões vermelhas. Calcula-se em 2.900 o número de blocausses construídos na província de Quiansi, até aos fins de Janeiro de 1934. Essa táctica de Tchiang Kai-chek foi retomada depois pelos invasores japoneses, na luta que travaram contra o VIII Exército e o Novo IV Exército. De acordo com a estratégia da guerra popular formulada pelo camarada Mao Tsetung, é inteiramente possível frustrar e vencer a táctica contra-revolucionária de blocausses, como ficou, aliás, absolutamente comprovado pelo desenrolar ulterior dos acontecimentos. 

 

https://www.marxists.org/portugues/mao/1934/01/27.htm

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- 28/11/2018