CEM FLORES

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Internacional, Teoria

Programação de “A Actualidade do Pensamento de Francisco Martins Rodrigues”

Cem Flores

10.09.2021

Como já anunciado no site, em setembro e outubro deste ano, ocorrerá um ciclo de palestras e debates virtual sobre a atualidade do pensamento de Francisco Martins Rodrigues (1927-2008), importante comunista português. O evento é organizado pelo blog Bandeira Vermelha, o Cem Flores e o Centro de Estudos Victor Meyer.

Abaixo divulgamos a programação do evento, que consistirá em quatro mesas: Francisco Martins Rodrigues: vida, teoria e luta; Leninismo versus Centrismo e Reformismo: independência de classe e alianças; Acção Sindical, Linha de Massas e a Actuação dos Comunistas. Todas ocorrerão às sextas, 17 horas (Brasil). Os cadernos de debates podem ser acessados aqui.

Para participar em qualquer uma das mesas é obrigatória a INSCRIÇÃO. Oportunamente será enviado (por e-mail) a quem se inscreveu o link de acesso.

 

PROGRAMAÇÃO


1ª sessão: Francisco Martins Rodrigues: vida, teoria e luta
17 de Setembro de 2021, às 17 horas (Brasil) / 21 horas (Portugal)

Ao longo de 60 anos como militante, activista, dirigente, teórico e polemista, Francisco nunca se afastou da luta por uma sociedade livre de exploração em que a classe operária pudesse derrubar a burguesia, desenvolver-se e criar o seu próprio sistema de poder. Ele encontrou no estudo do 7º Congresso da IC a base teórica que lhe faltava para alicerçar o edifício da sua contestação à linha centrista do movimento comunista. Como uma vez disse, “o dimitrovismo infiltrou-se no conjunto da esquerda à escala mundial e as suas consequências têm sido perversas para o triunfo do proletariado.”


2ª sessão: Leninismo versus centrismo e reformismo: independência de classe e alianças. 24 de Setembro de 2021, às 17 horas (Brasil) / 21 horas (Portugal)

A crítica ao frentismo é uma das mais importantes contribuições de Francisco Martins Rodrigues para o resgate das questões de estratégia e tática revolucionárias relacionadas à independência e alianças de classe do proletariado. A independência política tem se traduzido, desde o Manifesto do Partido Comunista (1848), como a defesa de interesses do proletariado em oposição aos da burguesia e da sua sociedade. A constituição desta independência de classe na forma de partido político próprio se realiza em fases históricas e distintas conjunturas da luta de classes. O imperialismo provocou a cisão irremediável no movimento socialista constituído sob o legado marxista, cujo processo alargou-se e consolidou-se no neo-revisionismo representado na Internacional Comunista nas teses da “Frente Popular”. A contribuição de FMR trazida no exame crítico do VII Congresso da IC em sua obra “Anti-Dimitrtov” será examinada em diálogo com outras contribuições da esquerda revolucionária.


3ª sessão: Acção Sindical, Linha de Massas e a Actuação dos Comunistas.
1 de Outubro de 2021, às 17 horas (Brasil) / 21 horas (Portugal)

A actuação dos comunistas nas lutas do proletariado e das massas dominadas foi uma das preocupações centrais de Francisco Martins Rodrigues. Ao longo de sua vida militante, várias foram as intervenções analisando os processos de luta no movimento sindical e demais movimentos populares. Qual a postura e quais os objectivos do movimento comunista diante das resistências espontâneas, das lutas económicas e locais das massas? Como as lições de FMR podem ser lidas e aplicadas diante da conjuntura actual? A mesa debaterá essas e outras questões que apontam para um dos maiores desafios dos comunistas hoje: crescerem enquanto influência nas lutas operárias, nos protestos de massas; fazer desse crescimento, uma retomada da luta revolucionária.


4ª sessão: A reconstrução do movimento comunista hoje
8 de Outubro de 2021, às 17 horas (Brasil) / 21 horas (Portugal).

Face à grave crise em que se encontra mergulhada a esquerda revolucionária e o movimento operário de todo o mundo há uma lição essencial a retirar dos últimos 90 anos de luta dos comunistas – a exigência de uma demarcação clara, sem meio-termo, entre os interesses revolucionários do proletariado e os interesses reformistas da pequena burguesia. Actualmente, quando múltiplas correntes pequeno-burguesas conseguiram por toda a parte esbater essa demarcação, apropriando-se e desvirtuando à sua maneira o marxismo e atrair o proletariado e os trabalhadores para o seu campo, a crítica às variantes “marxistas” da pequena burguesia (a social-democrata em particular) é a condição necessária ao ressurgimento de uma renovada corrente comunista capaz de levar até às últimas consequências a luta pelo derrube da burguesia e iniciar a construção de uma sociedade sem propriedade e exploração do homem pelo homem.

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- 10/09/2021