CEM FLORES

QUE CEM FLORES DESABROCHEM! QUE CEM ESCOLAS RIVALIZEM!

Cem Flores, Conjuntura, Destaque, Imperialismo, Internacional, Lutas, Movimento operário

KKE. Aspectos da Luta Política e Ideológica nas Fileiras do Movimento Comunista Internacional

Cem Flores

04.02.2022

Após a derrota das primeiras experiências revolucionárias socialistas, no século XX, com destaque para a União Soviética e a China, o movimento comunista internacional se encontra em uma profunda crise. A maioria dos ditos partidos comunistas e operários ao redor do mundo são hoje amplamente dominados por posições reformistas e oportunistas. As iniciativas revolucionárias que permanecem são poucas e com pequena influência na luta de classes a nível global. Portanto, podemos afirmar que na prática inexiste um movimento comunista internacional – marxista-leninista, proletário, revolucionário – na atualidade.

A superação dessa crise do movimento comunista internacional, que possui não só uma dimensão prática, como também teórica, é o maior desafio dos/as comunistas neste momento histórico. A retomada e o desenvolvimento do marxismo-leninismo, sua aplicação concreta à realidade concreta de cada país, assim como a reconstrução e o avanço do movimento comunista internacional, a se ligar profundamente às (e estimular o desenvolvimento das) atuais lutas do proletariado e das massas exploradas contra a contínua piora de suas vidas, são os pilares nos quais o horizonte revolucionário, de vitória contra a escravidão assalariada, pode ressurgir. Sem a superação de nossa crise, o capitalismo continuará sua marcha: luxo sem limites para poucos, miséria e violência para a maioria.

Nos últimos anos, nos parece que o Partido Comunista da Grécia (KKE) tem realizado um esforço de reconstrução da posição e influência comunistas na luta de classes na região europeia. Os materiais do KKE parecem refletir buscas por avanços no trabalho ideológico e teórico, possibilitando àquele partido alcançar formulações mais bem fundamentadas sobre a conjuntura e avançar no processo de autocrítica de seu passado e da história do movimento comunista internacional.

Além disso, o KKE não tem caído no canto da sereia de governos “progressistas” diversos, que na prática realizam a gestão do capital e desviam as massas das tarefas políticas fundamentais. Do que conseguimos identificar à distância, com o limite das poucas informações disponíveis, seu foco nos parece ser a luta concreta, que o mantém com influência na luta de massas grega.

Neste início de 2022, o KKE realizou uma interessante intervenção política em um encontro eclético, promovido por ele mesmo, de ditos partidos comunistas e operários: Aspectos da Luta Política e Ideológica nas Fileiras do Movimento Comunista Internacional. No texto, o KKE aborda temas importantes da luta política e ideológica atual dos comunistas. A (não!) participação em governos burgueses, o conceito de imperialismo, a luta antifascista, a China atual, os conflitos interimperialistas e a retomada do movimento comunista são os temas principais.

Esses temas, no entanto, não são tratados com a necessária profundidade. O texto é uma intervenção política sintética, buscando demarcar sua posição; e também uma proposta de questões para debate e uma crítica a posições oportunistas de certos partidos ditos comunistas, como o citado PCdoB, nada além de um partido burguês completamente degenerado. Ainda assim, várias formulações dos comunistas gregos merecem atenção e, a nosso ver, apontam para uma posição correta, a ser debatida e desenvolvida.

O KKE reafirma o princípio da não participação em governos burgueses. Em vez de mergulhar na gestão burguesa e nas ilusões de um capitalismo mais “humano”, o movimento comunista deve focar em “realizar o trabalho árduo diário de agrupar forças sociais que se chocam com os monopólios e o capitalismo”. Defendem também que a luta antifascista não deve se desvincular de uma luta contra o capitalismo.

Em relação ao imperialismo, o KKE resgata o fundamental da tese leninista: o imperialismo é a fase monopolista do capitalismo. É a partir desse fundamento que se torna compreensível o atual acirramento do conflito entre as potências imperialistas. Incluindo o conflito interimperialista central: a luta pela supremacia entre EUA (potência relativamente declinante) e China (potência ascendente) no sistema imperialista. Sobre a China, a posição é bem clara:

“o que está sendo construído lá nada tem a ver com o socialismo, com os princípios e as leis científicas da construção socialista. O socialismo consiste na socialização dos meios de produção, do poder dos trabalhadores, a planificação central. Nada disso existe na China atual, onde os monopólios chineses determinam os desenvolvimentos, promovem suas decisões através do Partido Comunista da China, que, entre outras coisas, levam a enormes desigualdades e injustiças sociais”.

Por fim, o KKE trata da retomada do movimento comunista. Eles se posicionam contrários a uma união superficial, que não explicite as divergências existentes, com forças do movimento que “questionam e revisam os fundamentos do marxismo-leninismo”. Afirma a importância de uma discussão substancial no movimento, além de ações conjuntas, como por exemplo de solidariedade internacionalista. Para avançar na retomada, o KKE defende o marxismo-leninismo, o combate ao oportunismo, e a “luta quotidiana pelos direitos operários e populares numa estratégia revolucionária contemporânea pelo poder operário”.

Não nos parece claro como o KKE pode buscar defender tais posições em meio a debates e ações conjuntas com partidos reformistas e oportunistas, como o já citado PCdoB. Na realidade, vista à distância, essa linha parece ir no sentido contrário: o de apenas adiar uma imprescindível demarcação de campo entre os comunistas, marxistas-leninistas, e o reformismo, e atrasar e dificultar o combate necessário ao oportunismo e ao revisionismo.

Reproduzimos abaixo as partes mais relevantes da intervenção do KKE, com destaques do Coletivo Cem Flores.

Que cem flores desabrochem! Que cem escolas rivalizem!

 

*          *          *

 

Aspectos da Luta Política e Ideológica nas Fileiras do Movimento Comunista Internacional 

Artigo da Seção de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista da Grécia (KKE) sobre a recente teleconferência internacional dos Partidos Comunistas

[…]

O debate sobre a questão da participação nos governos burgueses

A questão da participação ou apoio dos partidos comunistas em governos “de esquerda”, “progressistas” que surgem no âmbito da gestão do capitalismo continua sendo um ponto-chave na polêmica política-ideológica. Em primeiro lugar, porque os partidos que têm essa posição política com construções ideológicas diversas como a “humanização” do capitalismo, a “democratização” da UE ou as “etapas rumo ao socialismo”, a chamada “ruptura com a política da direita” alimentam ilusões sobre a gestão do sistema. Eles estão lavando o papel sujo da socialdemocracia e focando suas críticas em uma forma de gestão burguesa, o neoliberalismo. Tais forças ignoram e subestimam as leis que regem a economia capitalista e o caráter concreto e irreversivelmente reacionário do Estado burguês que não é anulado por nenhuma forma de gestão burguesa. Essas forças remetem a luta pelo socialismo para uma “perspectiva de longo prazo” e na prática assumem grandes responsabilidades perante os povos, pois se recusam a realizar o trabalho árduo diário de agrupar forças sociais que se chocam com os monopólios e o capitalismo.

Portanto, vemos que eles se concentram em soluções de gestão governamental, NATO do a favor até de gastos militares destinados às necessidades da NATO, as missões imperialistas por exemplo na zona do Sahel, ou substituindo a demanda pela retirada do país da NATO pela demanda por sua “dissolução” indefinida e abstrata. O resultado de tal política pode ser visto na Espanha, onde o Partido Comunista da Espanha participa de um governo que está a gerenciar a pandemia de maneira bárbara e antipopular, está tomando novas medidas anti-operárias com base nas orientações da UE, ao mesmo tempo em que atinge o ponto de tomar medidas para prejudicar Cuba e, claro, participar dos planos da NATO.

A confusão em torno do conceito de imperialismo

Basicamente são as mesmas forças que tratam o imperialismo não com critérios leninistas, ou seja, como capitalismo em sua fase monopolista, mas meramente como uma política externa agressiva. Assim, eles ignoram que em nosso tempo os monopólios, os estados capitalistas e suas alianças estão em conflito por matérias-primas, energia, recursos minerais, rotas de transporte, fatias de mercado. Ainda mais porque alguns partidos rejeitam o fato de que o antagonismo entre os monopólios seja a base para o acirramento das contradições em escala internacional.

Nessa questão, esses partidos se concentram na política externa agressiva dos EUA, da NATO e de outras potências fortes, interpretando unilateralmente a “agressão imperialista” e propondo o chamado “mundo multipolar” como solução. No entanto, a posição que limita o imperialismo apenas aos EUA, bem como a posição de que a coexistência de muitos “polos” internacionais onde um polo controlará o outro, resultando em um “mundo pacífico”, é completamente desorientadora para os povos. Está escondendo a realidade. Está fomentando ilusões de que pode haver um imperialismo “não agressivo”, um suposto capitalismo “amante da paz”.

O KKE e outros partidos criticaram visões similares que foram apresentadas no século passado, tanto por forças oportunistas na Europa, quanto pelo PCUS, especialmente após sua virada oportunista em seu XX Congresso, quando prevaleceu a linha da “competição pacífica” dos dois sistemas sociopolíticos.

A cooperação “antifascista” com as forças burguesas

Alguns partidos ficam confusos pelo fato de o sistema capitalista em vários casos usar o cão de guarda do sistema, ou seja, várias forças fascistas e usá-las para promover vários planos das classes burguesas, como aconteceu na Ucrânia. Mesmo algumas forças que reconhecem que o fascismo “nasce e se cria” no capitalismo tendem a separar essa questão da luta contra o capitalismo; levam à percepção de cooperação “antifascista” com certas forças burguesas ou mesmo ao seu apoio.

Hoje, no que diz respeito aos eventos internacionais, destaca-se a extrema importância da avaliação do KKE como resultado do estudo da História da Segunda Guerra Mundial. Que esta guerra foi imperialista e injusta tanto para as potências capitalistas fascistas quanto para os países capitalistas “democráticos”, que também cometeram grandes crimes contra a humanidade, como o bombardeio nuclear de Hiroshima e Nagasaki. Que esta guerra foi justa apenas para a URSS e os movimentos de guerrilha e libertação popular nos países ocupados, onde os comunistas desempenharam um papel fundamental.

Essa posição está diretamente relacionada ao presente, à manifestação das contradições interimperialistas na Ucrânia, quando os EUA, a OTAN e a UE usam as forças fascistas na Ucrânia para seus planos geopolíticos e, por outro lado, a Rússia capitalista promove os interesses de seus próprios monopólios. É óbvio que os EUA, as alianças imperialistas da NATO e da UE, bem como as classes burguesas que as constituíram, têm grandes responsabilidades em relação a esses acontecimentos. Ao mesmo tempo, a burguesia russa também tem enormes responsabilidades pela situação atual. Todos que atualmente pertencem a essa burguesia, tiveram um papel de liderança na dissolução da URSS. O 30º aniversário da sua dissolução foi recentemente celebrado. Então, Yeltsin e as forças sociais e políticas que o seguiram se preocupavam em derrubar a URSS, eles não estavam interessados, por exemplo, no que iria acontecer com a Crimeia, quantos milhões de russos e falantes de russo viviam fora das fronteiras da Rússia, o que iria acontecer com eles. Portanto, é uma provocação ver os políticos que então apoiaram Yeltsin para derrubar a URSS, a denunciar constantemente Lenin pela dissolução da URSS e convocar para uma “luta antifascista” na Ucrânia.

A abordagem atual da China

Além disso, a questão do confronto ideológico-político sobre o que é o socialismo é de suma importância. Existem vários partidos que “chamam carne de peixe”. Há alguns anos, surgiram várias teorias sobre o “socialismo do século 21” ou “socialismo do bem estar”, como eram chamados vários governos socialdemocratas da América Latina, que tentavam administrar o sistema capitalista com slogans promovidos como “radicais” e medidas de mitigação da miséria extrema do povo. Hoje em dia a atenção se concentra na China, que diz estar construindo “socialismo com características chinesas”, mas o que está sendo construído lá nada tem a ver com o socialismo, com os princípios e as leis científicas da construção socialista. O socialismo consiste na socialização dos meios de produção, do poder dos trabalhadores, a planificação central. Nada disso existe na China atual, onde os monopólios chineses determinam os desenvolvimentos, promovem suas decisões através do Partido Comunista da China, que, entre outras coisas, levam a enormes desigualdades e injustiças sociais.

Esta questão não tem apenas uma dimensão teórica, mas também uma dimensão diretamente política, e está vinculada à luta pela supremacia no sistema imperialista entre os EUA e a China.

A questão da luta pela supremacia no sistema imperialista

Esta questão não é simples, como a vida tem mostrado em condições similares, quando a supremacia do sistema imperialista se viu questionada, ocorreram grandes confrontos militares, envolvendo dezenas de países, com milhões de mortos pelos lucros dos capitalistas em conflito.

Hoje, os EUA continuam sendo a maior potência política, econômica e militar do imperialismo no mundo, seguidos de perto pela China. Devido à lei do desenvolvimento desigual do capitalismo vemos que os monopólios chineses estão conquistando posições importantes no mercado capitalista mundial, na exportação de bens e capitais.

Infelizmente, alguns partidos comunistas tentam erroneamente usar formas do passado novamente, falando de uma nova “guerra fria”, com a diferença de que na posição da URSS contra os EUA, eles agora colocam a China. No entanto, a situação atual nada tem a ver com o confronto entre a URSS e os EUA, pois hoje há um enfrentamento no terreno do conflito entre os monopólios, ou seja, um confronto inter-imperialista. O KKE no seu posicionamento destacou essa diferença, enquanto outros partidos como o Partido Comunista do México, o Partido Comunista do Paquistão, destacaram o caráter capitalista da China atual, enquanto o Partido Comunista Filipino-1930 falou claramente do hegemonismo expansivo da China contra os países vizinhos do Pacífico, o qual é usado como pretexto pelos EUA para intervir na região.

Não se trata, de forma alguma, um caso de confronto entre capitalismo e socialismo como alguns partidos como o Partido Comunista do Brasil têm argumentado erroneamente. Não tem sentido os comunistas tomarem a iniciativa em campanhas políticas como a do Partido Comunista do Canadá pela libertação da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, filha do presidente do monopólio chinês, cuja fortuna pessoal ultrapassa 3,4 bilhões de dólares, que foi detida durante algum tempo por causa do duro conflito entre os monopólios de alta tecnologia. Não é apropriado que um partido comunista organize uma mobilização para uma empresária, cuja fiança chegou a 7,5 milhões de dólares, inclusive no mesmo momento que em dezenas de países ao redor do mundo os comunistas são levados aos tribunais (p.ex. Ucrânia, Polônia), são presos (p. ex Suazilândia), estão perseguidos (p. ex. Cazaquistão), são assassinados a sangue frio (p.ex. Paquistão, Índia) e necessitam da nossa solidariedade internacionalista.

Cabe dizer, neste momento, que o KKE enviou deputados, eurodeputados e outros quadros para os julgamentos de comunistas e partidos perseguidos, na Ucrânia, na Polônia, há alguns anos nos países bálticos, denunciou assassinatos e perseguições de comunistas em outros países como Paquistão, Cazaquistão, Sudão, Índia, Venezuela e outros países, levantando tais questões no Parlamento Europeu.

Sobre a questão da “unidade”

Nas fileiras do Movimento Comunista Internacional não pode haver uma “unidade” artificial com forças que questionam e revisam os fundamentos do marxismo-leninismo, como os princípios da revolução e da construção socialista em nome de “ficar no que por hora nos une”. Tal “unidade”, além da imagem falsa e desorientadora que daria aos comunistas de todo o mundo, também é perigosa, pois “meia verdade é sempre mentira”. Além disso, esconde as divergências que existem no movimento comunista e dificulta a discussão para que possam ser superadas. Se os comunistas não têm uma visão completa do mundo imperialista e se concentram apenas nos EUA-OTAN, ou neoliberalismo, ou fascismo, separando-os da “matriz” que os gera – ou seja, do capitalismo e da necessidade de derrubá-lo – eles serão levados para opções trágicas.

O KKE, ciente desta situação e esclarecendo o povo sobre isso, está atualmente liderando o movimento anti-imperialista em nosso país contra as bases dos EUA e da OTAN, contra os chamados “acordos de defesa” da Grécia com os EUA e a França, contra o envolvimento das forças armadas gregas em missões além-fronteiras, pela retirada das alianças imperialistas da OTAN e da UE, com o povo no poder. Levando tudo isso em consideração, o KKE aplica todas as suas forças contra as políticas antipopulares do governo do ND, SYRIZA e outros partidos burgueses, bem como a luta contra as formações fascistas criminosas, buscando criar as condições prévias para a Aliança Social e o derrube do capitalismo, para colocar um fim no círculo vicioso da exploração classista e das guerras imperialistas.

Sobre o rumo do reagrupamento revolucionário do movimento comunista internacional

É necessário continuar e aprofundar ainda mais o debate político-ideológico e esclarecer as questões. Não temos acordo com a troca de caracterizações entre os partidos, mas queremos desenvolver uma discussão substancial. Além disso, buscamos realizar ações conjuntas e convergentes sobre os pontos em que isso é possível e, particularmente, em solidariedade internacionalista.

Apoiamos as formas existentes de troca de opiniões e cooperação entre os partidos comunistas, como reuniões internacionais, regionais e temáticas dos partidos comunistas.

Apoiamos as formas mais avançadas de cooperação do Movimento Comunista Internacional como a “Iniciativa Comunista Europeia” (ICE) e a “Revisão Comunista Internacional” (RCI) para a formação de um polo comunista que lutará pelo reagrupamento revolucionário e a unidade do movimento comunista armado com nossa visão de mundo, o marxismo-leninismo.

O recente XXI Congresso do nosso Partido elaborou critérios importantes para a nossa cooperação mais estreita com os partidos comunistas que:

a) defendem o marxismo-leninismo e o internacionalismo proletário, a necessidade de formar um polo comunista internacional,

b) enfrentam o oportunismo, o reformismo, rejeitam a gestão de centro-esquerda e qualquer variação da estratégia de etapas,

c) defendem as leis científicas da revolução socialista com as quais avaliam o curso da construção socialista, procuram investigar e tirar conclusões de problemas e erros,

d) têm uma frente ideológica contra percepções errôneas sobre o imperialismo, particularmente aquelas que separam sua agressão militar de seu conteúdo econômico, enfrentam qualquer aliança imperialista,

e) desenvolvem laços com a classe trabalhadora, procuram atuar no movimento sindical, nos movimentos dos setores populares das camadas médias, buscam integrar a luta quotidiana pelos direitos operários e populares numa estratégia revolucionária contemporânea pelo poder operário.

[…]


APOIE O CEM FLORES!

Há mais dez anos o coletivo Cem Flores se esforça em construir um espaço teórico que colabore com a luta de classes proletária em nossa conjuntura. Você pode colaborar com a manutenção de nosso site a partir de R$ 10,00 mensais na plataforma benfeitoria. Siga-nos também em nossas redes sociais: facebookinstagram e whatsapp.

Compartilhe
- 04/02/2022