CEM FLORES

QUE CEM FLORES DESABROCHEM! QUE CEM ESCOLAS RIVALIZEM!

Internacional, Movimento operário

A atuação comunista nos locais de trabalho: a experiência de Noel Ignatiev

Capa da revista O trabalhador negro, da Internacional Comunista, 1932.

Cem Flores

15.05.2022

A reconstrução do movimento comunista hoje passa pela retomada de uma linha de massas comunista, também no âmbito sindical, a partir e nos locais de trabalho. Para contribuir com esse debate, publicamos um trecho do livro Acceptable Men: Life in the Largest Steel Mill in the World [Homens razoáveis: a vida na maior siderúrgica do mundo], do comunista norte-americano Noel Ignatiev. Tal trecho foi traduzido e publicado pelo site Passa Palavra em janeiro deste ano – mantivemos as notas de rodapé originais. Os destaques são do Cem Flores.

Noel Ignatiev teve uma rica experiência na luta operária das décadas de 1970 e 1980 nos EUA. Ele e seus camaradas buscaram construir uma linha sindical para além do aparelho sindical, integrando-se profundamente aos trabalhadores e às trabalhadoras e lutando persistentemente para elevar o nível político de suas lutas cotidianas (por descanso, por salários, contra a carestia etc.). Na organização contra a exploração dos patrões, empenharam-se em combater também o racismo arraigado naquela sociedade e seus danosos efeitos na luta operária. Achamos que as lições presentes nessa experiência podem inspirar a atuação comunista de hoje no Brasil.

Noel Ignatiev, em protesto de 2011, com 71 anos.

Segundo o site Ill Will: “O seguinte trecho foi retirado das memórias de Noel Ignatiev, Acceptable men, que foi relançado este mês [08/2021] pela Charles H Kerr Publishing Co. Nele, o cofundador da Sojourner Truth Organization [1] – STO e da revista Race Traitor [Traidor da Raça] relata a perspectiva revolucionária que o levou a largar os estudos e entrar em uma usina siderúrgica nos arredores de Chicago, onde trabalhou durante os anos de 1970 e 1980. Ignatiev [2] identifica os princípios que separaram a STO do resto da esquerda radical: a atenção às lutas por fora dos sindicatos e à recusa ao trabalho, seu interesse em escutar os proletários, ao invés de pregar para eles, e seu inequívoco compromisso de estar junto aos trabalhadores negros. Mesmo depois do colapso dessa esquerda histórica, as memórias de Ignatiev servem como um antídoto vital contra aquelas histórias ideologizadoras que apagam tanto o poder da atividade proletária autônoma quanto a trágica manutenção da branquitude como um limite real para a luta da classe trabalhadora. Praticando o silêncio e escutando no local de trabalho, Ignatiev foi capaz de captar melhor o campo estratégico do conflito de classes que os radicais de outras organizações passaram batido casualmente ou então rotularam com clichês emprestados de tempos e lugares distantes”.

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“Bom garoto. Não fala muito”

Trecho do livro de Noel Ignatiev

Fábrica onde Ignatiev trabalhou.

Minha reação aos comentários racistas do trabalhador da manutenção na fundição não veio do nada. Quando comecei a trabalhar na Gary Works eu me considerava um revolucionário comunista. Ir para o trabalho na fábrica era para mim um ato político por si só. Desde quando eu era mais jovem, sabia que queria dedicar a minha vida à revolução. O que me levou para isso eu não sei, meu irmão e irmã cresceram na mesma casa, estavam sob as mesmas condições e escolheram seguir rotas diferentes. Eu, às vezes, penso em mim como um produto de um encontro acidental de moléculas e vetores.

Meus avós, de ambos os lados, chegaram na América logo após 1905, dentre os milhões que deixaram o leste europeu expulsos pela mecanização da agricultura. Meus avós paternos, Jake e Celia, vieram da Ucrânia. O pai de minha mãe, Nathan, veio da Áustria, o que pode significar qualquer lugar entre Viena e a Galícia. A mãe de minha mãe, Reba, nasceu nos EUA de pais imigrantes, entretanto foi levada de volta para a Rússia quando era uma criança e depois voltou por si só quando virou adulta. Nathan e Reba eram socialistas e, depois, comunistas, típico de quem estava nas cidades da costa leste [dos EUA], onde eram os ossos, nervos e tendões dos movimentos radicais desde a Revolução Russa até depois da 2ª Guerra Mundial. Nathan teve que deixar a escola para trabalhar quando tinha 12 anos de idade. Eram tempos difíceis quando ele chegou à América, porém ele conseguiu guardar dinheiro para enviar para a irmã. Algumas vezes dormiu nas marquises das lojas; me contou como era geralmente necessário por os sapatos embaixo da cabeça à noite para evitar que fossem roubados. Durante os anos que convivi com Nathan, ele ganhava a vida como pequeno comerciante. Ele lia jornais, principalmente o Freiheit (jornal do Partido Comunista), e os clássicos da cultura mundial em iídiche. O movimento revolucionário foi sua escola. Sua esposa, Reba, morreu quando eu tinha 5 anos de idade. Depois aprendi que ela foi um pilar do aparato do Partido.

Meus pais eram comunistas – minha mãe foi criada dentro do Partido, meu pai um boêmio radicalizado pela (Grande) Depressão. Eles estudaram sobretudo por conta própria, um testemunho dos ambientes em que se encontravam. Eu cresci em uma casa cheia de livros e música clássica; as conversas da mesa do jantar eram dedicadas às ideias.

Durante os anos em que eu ia crescendo, meu pai entregava jornal diariamente porta a porta – sete dias por semana por 18 anos, sem um dia e folga, nem aos domingos. Quando eu tinha 11 anos, normalmente acordava às 4h da manhã, três ou quatro dias por semana para ajudá-lo. Nós trabalharíamos por algumas horas, depois tomávamos café da manhã, que meu pai fazia. Em seguida tirava um cochilo antes de ir para a escola. A rota era em um bairro quase todo de negros. Meu pai costumava dizer que não existia outro homem branco na cidade que poderia fazer isso. Muito dos moradores nos paravam e me diziam que meu pai era um bom homem. Eu estava orgulhoso de estar fazendo um trabalho de adulto.

Aos domingos nós parávamos na automat [3], o que era um pequeno agrado. Vinte anos depois eu ainda posso sentir o gosto das salsichas. Um dos pontos altos do café da manhã era comermos com os motoristas que entregavam fardos de jornal. Um deles disse para o meu pai: “Bom Garoto. Não fala muito”.

Eu frequentava uma escola pública [4] só de garotos, que era preparatória para a faculdade, a mesmo que meu pai frequentou. Para entrar era preciso passar em um exame. Em uma noite de verão, depois de ter terminado a escola, eu estava caminhando para o centro da cidade quando vi um homem tomando um baculejo [5] contra a parede, sendo revistado por um policial. O homem era negro e o policial branco. Quando o policial terminou a revista, ele mandou o homem se virar, e quando ele virou o policial o esmurrou na barriga.

Eu corri em direção a eles e gritei: “Você não pode fazer isso. Você não pode bater nesse homem.” O policial me segurou e me jogou no carro de polícia. Eu passei a noite na cela da prisão local. Me permitiram ligar para casa e de manhã meu pai apareceu no tribunal. Quando meu caso foi chamado, eu tentei dizer o que tinha visto, mas antes que pudesse dizer algumas palavras o juiz me interrompeu, gritando que eu tinha interferido na ação de um policial. Fui declarado culpado de alguma coisa e multado em 25 dólares. Meu pai pagou a multa. Quando nós estávamos deixando a corte, uma senhora negra idosa andou comigo e disse: “Deus te abençoe!”.

Desde então, eu me senti abençoado.

Comecei a faculdade no outono, porém, depois de 3 anos arrumei um emprego em uma fábrica. Eu fiz isso por duas razões: primeiro, eu queria estar perto da classe operária, que eu via como a classe revolucionária da época. Segundo, eu queria ajudar a classe na sua luta pelo comunismo.

A primeira fábrica em que eu trabalhei empregava um grupo de centenas de pessoas fazendo lâmpadas que ficavam suspensas nas ruas das cidades. Meu primeiro emprego foi como montador. Após poucos meses, fui promovido para a posição de operador de furadeira, com 10 centavos a mais por hora. Ali aprendi minha primeira lição de vida na fábrica. Meus colegas trabalhadores me ensinaram como operar a máquina e também como sabotá-la quando precisasse de um intervalo. Eles me ensinaram o que era uma quantidade de trabalho razoável a entregar, para que eu não interrompesse a cadência nem deixasse meus colegas de trabalho na mão.

Meu primeiro objetivo era me encaixar com meus colegas de trabalho. Para fazê-lo, eu pensei que seria sensato não deixá-los saber que eu tinha cursado 3 anos de faculdade. Isso era fácil, já que ninguém esperava que alguém que quase se formou na faculdade estivesse trabalhando ali.

Agora, 10 anos depois de deixar a universidade, eu estou trabalhando na divisão de alto-forno da US Steel Gary Works, o principal trabalho na maior siderúrgica dos EUA.

A Gary Works e outras siderúrgicas do sudeste de Chicago e nordeste de Indiana eram um alvo natural para radicais que buscavam alcançar os trabalhadores. Eu pertencia a um desses grupos radicais. Esse era um dentre vários. A maioria deles tinha como orientação ganhar influência no sindicato. Minha atuação era distinta. Eu não tinha interesse no sindicato. Logo depois que comecei a trabalhar na fábrica, visitei um conhecido radical que era presidente do sindicato local em uma usina próxima. Eu o perguntei sobre o movimento entre os metalúrgicos.

“Que movimento?” ele disse. “Não há nenhum movimento”.

Eu sabia que dentro da usina onde ele trabalhava era comum para o peão terminar seu trabalho um pouco antes e gastar o resto da jornada no boteco do outro lado da rua. Eu perguntei sobre isso.

“E daí? Eles têm feito isso por anos. E não significa nada.”

Eu tinha lido a história da luta pela redução da jornada de trabalho e pensei que os homens que gastavam o seu tempo no boteco estavam fazendo algo significativo, mas ele não disse nada. Eu lembro que em um dia de chuva um supervisor veio ao barracão. Eu estava sentado com alguns outros trabalhadores jogando cartas, alguns cochilando. O supervisor perguntou a dois deles para verem certa peça do equipamento que tinha quebrado.

“Não vê que estou ocupado?” disse um, retomando as cartas para uma nova rodada.

“Vamos fazer isso quando a chuva parar”, disse o outro.

O supervisor se foi, aparentemente satisfeito porque tinha conseguido o melhor que poderia naquele momento.

No meio disso tudo, eu tinha ido participar de uma conferência nacional organizada por um grupo radical. Umas centenas de pessoas estavam presentes, majoritariamente ex-estudantes, todos levantaram e apresentaram-se pelo nome e o número do sindicato local ao qual pertenciam [6]. Quando minha vez chegou, eu levantei, dei meu nome e o nome da usina que trabalhava, omitindo qualquer referência ao sindicato.

O grupo ao qual eu pertencia era um núcleo de uma organização centrada em Chicago, 40 milhas [7] distante daqui. O grupo se chamava Soujorner Truth Organization (STO), nomeado devido à mulher que escapou da escravidão em 1826 e se tornou uma famosa abolicionista e ativista dos direitos das mulheres [8]. Nosso grupo em Gary consistia em uma dúzia de pessoas, a maioria ex-estudantes como eu, que se comprometeram a fazer trabalho político na cidade das usinas siderúrgicas. Alguns de nós trabalhávamos na usina, outros no hospital local. Um trabalhava no departamento de benefícios sociais e uma era dona de casa. Eu acreditava fortemente que em dois anos nós mandaríamos na cidade ou seríamos expulsos das redondezas. Publicávamos um jornal, The Calumet Insurgent Worker (O Trabalhador Insurgente de Calumet [9]) falando das coisas que ocorriam na região e pelo mundo, e o distribuíamos largamente na fábrica. Jackson disse que foi o melhor dos pequenos jornais radicais que ocasionalmente circulavam ali dentro. Ele diferia dos outros em dois aspectos: primeiro, ao invés de ser uma pregação para os trabalhadores, era um espaço onde suas vozes podiam ser ouvidas. Por exemplo, a segunda edição trouxe uma carta de um pedreiro que trabalhou em uma das usinas, lamentando a falta de apoio dos demais trabalhadores quando eles estiveram em greve por 117 dias. A próxima edição trouxe uma reposta de outro trabalhador que perguntava por que os pedreiros tem seu próprio sindicato. “É verdade” dizia a correspondência, “que o sindicato dos metalúrgicos não vale nada, mas ainda assim não é certo que um pequeno número de trabalhadores [10] se isolasse”. Ele perguntou-se quantos negros e porto-riquenhos estavam no sindicato dos pedreiros, pois ele nunca viu um na linha de frente do piquete. A segunda diferença com os outros jornais radicais era que o Columet Insurgent Worker inequivocamente se punha ao lado dos trabalhadores negros, mesmo com o risco de ofender os brancos.

Jornal da STO, final de 1971. “Cada fábrica uma fortaleza de resistência”.

Fiquei especialmente orgulhoso por um artigo que eu não escrevi, mas simplesmente “encontrei”. A US Steel Gary Works publicou um boletim endereçada aos trabalhadores, escrita com um estilo alegre. Um dos artigos contava o caso de uma mulher que o marido e os filhos trabalhavam na usina por décadas, às vezes até seis ao mesmo tempo. Ela contou sua vida de preparar almoços e jantas e lavar uniformes e concluiu: “Eu também me sinto como se estivesse trabalhando para a US Steel”. Eu tinha certeza que o editor da revista da empresa tinha ciência da ironia. O Columet Insurgent Worker reimprimiu o artigo sem nenhum comentário.

Quando trabalhadores em uma fábrica automotiva próxima entraram em uma greve selvagem [11], eu diagramei um panfleto chamando os trabalhadores da usina para aparecerem no piquete para ajudá-los. A STO o distribuiu nos portões da usina. Até onde eu saiba, não houve resposta.

Quando dois operários da fábrica da Chrysler em Detroit tomaram o controle da estação de energia e a desligaram, eu fui até lá para pegar o contato deles e convidá-los para ir à Gary conversar. Nosso núcleo da STO organizou um encontro com eles na igreja local e imprimiu panfletos para serem entregues na fábrica anunciando o encontro. Apenas os organizadores apareceram.

Nós apoiamos um encontro na mesma igreja para os trabalhadores pretos e brancos em uma usina de celulose do Mississipi que organizaram um sindicato independente e entraram em greve, e estavam visitando lugares para conseguirem ajuda. Essa teve melhor participação – talvez quase uma dúzia de pessoas além dos organizadores. O Columet Insurgent Worker imprimiu uma carta de um metalúrgico negro que participou do encontro.

A história deles era interessante, mas algumas coisas sobre sua apresentação me incomodaram. Seu líder mencionou algumas vezes que os lenhadores negros foram lentos em se unir à greve e que dentre eles tinham os piores fura-greves. Eu penso que se ele foi falando essas coisas, deveria, em seguida dizer o porquê. Isso não deveria ferir o sentimento de ninguém, escutar a verdade. Eu me culpo por não ter perguntado o motivo durante a intervenção. Acho que não o fiz porque sabia antes a resposta da pergunta: as pessoas negras no Mississippi foram traídas tantas vezes pelos brancos que não vão se precipitar em uma organização que seja iniciada por brancos, mesmo esta parecendo ser a seu favor. Eu também não gostei da forma que o líder do grupo, branco, interrompia e respondia a todas as perguntas dos participantes. Eu podia entender que as duas mulheres estivessem envergonhadas, mas conversei com o negro em seguida e ele me pareceu apto a falar por si próprio. O grupo pareceu ter aprendido a necessidade de trabalhar junto, e isso é bom. Porém, eles ainda têm um longo caminho pela frente.

Por aqueles tempos, os caminhoneiros autônomos fizeram paralisações para protestar contra o alto preço dos combustíveis. Por todo país, eles encostaram seus veículos nas paradas de caminhões, transformando-os em centros de organização. Em muitos casos, eles escolheram encostar próximo de onde residiam, suas esposas e namoradas vieram vê-los. A Gary Works era próxima a interseção de duas principais rodovias interestaduais, e a parada de caminhão nessa interseção se tornou um desses centros. Os membros da STO se mudaram temporariamente para aquela parada a fim de militar diretamente com os grevistas. Uma das nossas primeiras ações foi ajudar os caminhoneiros a formatarem um cartaz, mostrando a foto do caminhão de um grevista, com uma placa no para-brisa que dizia: “Parado até…” Rodamos o pôster na gráfica da STO e o distribuímos amplamente na parada e em Chicago.

Greve dos caminhoneiros em 1973.

Junto à impressão do cartaz e às conversas com as esposas e namoradas dos caminhoneiros, os membros da STO ajudaram a fazer contato com mulheres da região que os maridos, irmãos ou filhos tinham parado em outras partes do país. Nós esperávamos persuadir os grevistas a ampliarem sua pauta para não ser meramente o preço dos combustíveis, mas também o preço dos alimentos. Nós apenas buscávamos construir conexões entre os grevistas, majoritariamente homens brancos, e o povo da Gary, cuja população era amplamente negra, ao mostrar que todos compartilhavam o interesse em manter o preço [dos alimentos] baixo.

Eu me lembro de uma reunião na casa de um membro, na qual um caminhoneiro negro disse que um dos brancos, buscando proteger seu veículo e não o reconhecendo como um companheiro motorista, tinha empunhado uma espingarda para ele quando estava caminhando pela parada de caminhões. Eu achei que a presença de um caminhoneiro negro na reunião foi uma grande conquista.

Por um curto tempo a suspensão do trabalho teve impacto nacional, forçando o governo a acionar a Guarda Nacional em algumas áreas. A STO foi, talvez, o único grupo radical no país que levou a greve a sério. Em parte, nosso apoio foi devido ao fato que aquilo refletia nossa visão sobre organização das massas independente dos sindicatos. Como os caminhoneiros autônomos são formalmente trabalhadores autônomos independentes, eles não podem ter um sindicato tradicional, mesmo que desejassem fazer isso. Mas também fomos seduzidos para essa greve devido à confiança na ação direta ao invés da negociação.

No final, a greve se esgotou, a parada de caminhões ficou esvaziada e os motoristas voltaram para a estrada. Eu achava que a experiência havia provado que um pequeno grupo pode ter um grande impacto e especulei que, se um grupo como a STO existisse nacionalmente, o resultado poderia ter sido diferente.

Notas:

[1] Há um importante arquivo digital sobre essa organização, disponível em http://sojournertruth.net/index.html e também um livro que reconta toda a sua história, Truth and Revolution: A History of the Sojourner Truth Organization, 1969–1986, escrito por Michael Staudenmaier. Uma resenha pode ser encontrada em https://libcom.org/library/truth-revolution%E2%80%93-book-review (sites em inglês)
[2] Uma boa resenha sobre o livro também pode ser encontrada em https://brooklynrail.org/2021/12/field-notes/At-the-Origins-of-Treason-to-the-White-Race (em inglês)
[3] Lanchonete onde a maioria dos alimentos são vendidos por máquinas.
[4] No caso, o High School dos EUA, similar ao nosso ensino médio.
[5] Spread-eagle – no caso, sendo revistado com as mãos e pernas abertas ao encontro da parece. No caso brasileiro, baculejo, revista ou similar.
[6] As filiais locais dos sindicatos costumam ser representadas por números, como o United Steel Workers (USW) Local 1014, que cobre a região de Gary.
[7] Aproximadamente 65 km.
[8] https://pt.wikipedia.org/wiki/Sojourner_Truth
[9] Região industrial no noroeste do estado de Indiana e nordeste de Illinois, adjacente a Chicago e onde se localiza a cidade de Gary.
[10] No original, one small craft. Craft são os trabalhos especializados, alguns ainda próximos do trabalho artesanal. Nos EUA, os ofícios foram a primeira forma de organização sindical, representada pela AFL (American Federation of Labor). Essas associações de ofícios deixavam muitos trabalhadores de fora, principalmente nas grandes indústrias, assim como muitas vezes excluíam os negros e não-brancos em geral. Foi a revolta deste trabalhadores que levou a criação de novas entidades sindicais, depois reunidas na CIO (Congress of Industrial Organizations). Ambas organizações se fundem em 1955, dando origem a AFL-CIO, maior federação sindical dos EUA.
[11] Wildcat strike, ou seja, por fora do sindicato e estruturas formais.


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- 16/05/2022