CEM FLORES

QUE CEM FLORES DESABROCHEM! QUE CEM ESCOLAS RIVALIZEM!

Cem Flores, Comuna de Paris, Destaque, Dossiês, Internacional, Movimento operário, Teoria

“Vida Longa à Vitória da Ditadura do Proletariado!” Documento da Revolução Cultural Chinesa

Viva os 150 anos da imortal Comuna de Paris!

Vida Longa à Comuna de Paris! Comemoração do Centenário. Cartaz revolucionário chinês de 1971.

Cem Flores

22.09.2021

Seguindo os passos de Marx, Engels e Lênin, Mao Tsé-Tung e outras lideranças chinesas consideravam a Comuna de Paris um marco histórico e um exemplo a ser seguido pela revolução na China. O resgate da primeira experiência de governo operário da história foi particularmente intenso durante Revolução Cultural Chinesa (1966-1976).

Naquele período, a transição socialista na China chegava à terceira década. A luta de classes se intensificara e passava por momentos decisivos. Uma intensa luta dos revolucionários e das massas do campo e da cidade contra os defensores da via capitalista, os contrarrevolucionários das classes derrotadas e das novas camadas sociais privilegiadas. Enquanto os “revisores” do marxismo, infiltrados nos órgãos revolucionários, justificavam a manutenção de desigualdades, da burocracia e a retomada de velhas ideologias e práticas na produção, na política e na cultura, os revolucionários denunciavam o risco de retorno ao capitalismo, como já tinha ocorrido na União Soviética, e colocavam-se em luta pelo avanço do socialismo, o reforço dos órgãos de poder das massas e do combate às velhas ideologias e práticas que permaneciam na sociedade chinesa. Eis a batalha decisiva da Revolução Cultural, que fortaleceu e serviu de inspiração para as lutas revolucionárias que percorriam o mundo naquele período.

Durante essa intensa luta na China, várias foram as referências à Comuna de Paris por parte dos comunistas. Em abril de 1966, na celebração dos 95 anos da Comuna, a Revista Pequim, um importante periódico comunista, trouxe um documento comemorativo à Comuna, escrita por Cheng Chih-Szu. Meses depois, a Comuna também apareceu como referência no documento que inaugura a Revolução Cultural, a Circular do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh):

“É necessário aplicar um sistema de eleições gerais semelhante ao da Comuna de Paris, para eleger os membros dos grupos e dos comitês da Revolução Cultural e os representantes no congresso da Revolução Cultural. As listas de candidatos devem ser propostas pelas massas revolucionárias após amplas consultas e as eleições só ocorrerão depois de sucessivas discussões dessas listas pelas massas.

As massas têm a qualquer momento o direito de criticar os membros dos grupos e dos comitês da Revolução Cultural e os representantes eleitos ao congresso da Revolução Cultural. Os referidos membros e representantes podem ser substituídos por eleição ou destituídos pelas massas após discussões caso se mostrem incompetentes.”

Tais diretrizes tiveram forte impacto na construção da Comuna de Xangai, em 1967, uma das experiências revolucionárias mais avançadas da Revolução Cultural.

Para continuar nossa comemoração aos 150 anos da Comuna de Paris, resgatamos o documento da Revolução Cultural que marca a comemoração chinesa do centenário da Comuna, em 1971: Vida Longa à Vitória da Ditadura do Proletariado! Em comemoração ao centenário da Comuna de Paris. Traduzimos o texto da edição em inglês da Revista Pequim e revisamos tal tradução com a versão portuguesa das Edições em Línguas Estrangeiras, Pequim, 1971.

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Vida Longa à Vitória da Ditadura do Proletariado! Em comemoração ao centenário da Comuna de Paris foi escrito por revolucionários das redações de três jornais comunistas, Renmin Ribao, Hongqi e Jiefangjun Bao. Ele possui uma profunda influência dos materiais de Marx, Engels e Lênin sobre a Comuna. Cartas, textos e livros fundamentais desses revolucionários sobre o feito do proletariado parisiense, vários deles resgatados por nós também em nossa comemoração, são citados e analisados pelos chineses. O balanço marxista-leninista sobre a Comuna é relacionada com a posição de Mao em defesa da revolução, da ditadura do proletariado, naquele período da luta de classes, deixando explícita a importância teórica e política da Comuna para o movimento revolucionário chinês.

“Os princípios da Comuna de Paris são eternos”, diz o título da primeira parte do texto, citando Marx. Ou seja, eles permanecerão vigentes até que a emancipação da classe operária seja completa, até a abolição da sociedade dividida em classes. Por essa razão, todas as revoluções e revolucionários devem se voltar a ela e às suas lições. Todos são continuadores diretos daquela luta que, pela primeira vez, tentou instaurar a ditadura do proletariado, derrotar a burguesia e seus lacaios. Como dizia Lênin, os parisienses deram o primeiro passo, os soviéticos, o segundo, e os chineses e várias outras revoluções do século XX tentaram avançar nesse seu caminho – que continua por ser completado.

Sendo assim, o papel dos comunistas é de comemorar, estudar e aplicar as lições da Comuna nas condições concretas que a luta revolucionária se encontra. Para que mais passos sejam dados, até a vitória definitiva, contra os inimigos de classe. “Ao comemorar a Comuna de Paris, devemos estudar a teoria marxista-leninista da revolução proletária e da ditadura do proletariado, aprender a partir das experiências históricas, criticar o revisionismo moderno, […] preservar a linha revolucionária marxista-leninista e, junto com os povos do mundo, ganhar vitórias ainda maiores”, diz o texto.

Essa celebração dos chineses ao centenário da Comuna busca fazer exatamente isso: a análise da Comuna como um instrumento de luta, no caso, no contexto da Revolução Cultural e de cisão do movimento comunista internacional, em defesa da vitória definitiva da revolução e contra o revisionismo. Nesse texto, os comunistas chineses resgatam as seguintes lições fundamentais da Comuna: a necessidade das classes dominadas tomarem armas em suas mãos; o protagonismo das massas na revolução; o papel dirigente do Partido Comunista. Ao seguir esses princípios, a experiência histórica mostra que a revolução é possível; ao se desviar desses princípios, a revolução falha ou se degenera. Por isso, marcam a divisão entre os verdadeiros e os falsos comunistas; entre aqueles que lutam pela revolução, pela vitória do proletariado, e aqueles que sabotam a revolução, em prol da burguesia.

Possuir armas e ser capaz de executar a violência revolucionária são condições necessárias para a revolução, como mostrou a Comuna. Não existe revolução, a derrubada de uma classe dominante, pela via eleitoral.  Como lembram os chineses: “a Comuna de Paris nasceu na luta feroz entre a revolução armada e a contrarrevolução armada. Os 72 dias da Comuna de Paris foram 72 dias de revolta armada, de luta armada, e de defesa armada”. A luta pelo poder exige uma força armada para combater o inimigo de classe e seu Estado. Destruir esse Estado, instaurar a ditadura proletária e fazê-la vencer, também exigem uma força armada. “O proletariado deve usar as armas para tomar o poder político, e deve usar as armas para defendê-lo”.

Mas não são as armas por si só que constroem a revolução. Como a Comuna mostrou, pelos seus sucessos e fracassos, a revolução tem como base as massas, dirigidas por um partido revolucionário, em uma conjuntura específica. “A experiência histórica mostra que a tomada do poder político pelo proletariado e povo oprimido de um país e a vitória da revolução são adquiridas, invariavelmente, pelas armas, sob a liderança de um partido proletário, agindo de acordo com as condições específicas de seu país, construindo gradualmente o exército popular e lutando a guerra popular, na base da ampla mobilização das massas, travando repetidas lutas contra os imperialistas e reacionários. Isto ocorreu na Revolução Russa, na Revolução Chinesa, nas Revoluções da Albânia, Vietnã, Coréia e outros países, e não existem exceções.”

Foram as iniciativas das massas que tornaram a Comuna possível. À época, Marx “valorizou muito a iniciativa revolucionária das massas populares e forneceu um brilhante exemplo da atitude correta a adotar diante do movimento de massa revolucionário”. Confiar nas massas, aprender com elas, portanto, é um princípio fundamental do marxismo-leninismo, apreendido pela Comuna e outras tantas experiências revolucionárias. “Partidos marxistas-leninistas verdadeiros e todos os revolucionários devem, calorosamente, apoiar as ações revolucionárias das massas, marchar firmemente à frente do movimento de massas e liderar as massas para frente”, dizem acertadamente os camaradas chineses. Não seguir tal princípio é cair no campo do inimigo, eles também lembram: “todos os oportunistas e os novos e velhos revisionistas opõem-se à revolução proletária e à ditadura do proletariado, e eles, inevitavelmente, temem e odeiam as massas, ridicularizam, amaldiçoam e sabotam o movimento de massa revolucionário”.

As massas e as armas precisam de uma direção revolucionária. Como disseram Marx e Engels sobre a Comuna, “na luta contra o poder coletivo das classes dominantes, a classe operária não pode agir enquanto classe caso não se constitua em um partido político, distinto e oposto a todos os velhos partidos já formados pelas classes dominantes.” Esse “núcleo duro de liderança do proletariado”, como dizem os chineses, também foi fundamental para as vitórias das revoluções (caso soviético e chinês) ou para suas derrotas (caso parisiense).

E qual seria o papel desse novo tipo de partido? Segundo o texto:

“Um partido proletário deve, de acordo com os princípios básicos do marxismo-leninismo, usar a posição, o ponto de vista e os métodos do marxismo-leninismo para levar a cabo investigações profundas e estudos das relações de classe na sociedade, fazer análises concretas das condições presentes e da história de seu país e as características da revolução nesse país, e resolver os problemas teóricos e práticos da revolução de forma independente. É necessário aprender a partir das experiências internacionais, que, contudo, não devem ser copiadas mecanicamente; um partido proletário deve desenvolver, criativamente, suas próprias experiências à luz das realidades de seu país. Apenas assim ele pode guiar a revolução à vitória e contribuir para a causa da revolução proletária mundial.

Para continuar integrando teoria e prática, um partido proletário deve manter laços próximos com as massas, se integrar a elas e adotar o método de liderança, “das massas, para as massas,” para que a linha correta e os princípios do partido possa ser traduzido em ações de massa. Ao mesmo tempo, há que fazer balanços de experiências e lições, realizar crítica e autocrítica, persistir em fazer o certo e corrigir o que for errado no interesse do povo, e descobrir as leis do desenvolvimento pela prática na luta e usar esse conhecimento para guiar a luta prática.”

Atacar esse núcleo, essa força dirigente da revolução, é um alvo fundamental dos inimigos pela revolução, mesmo após serem derrotados e em plena ditadura do proletariado, como demonstrou as experiências do século XX.

“A burguesia, invariavelmente, faz seu máximo para influenciar, corromper e corroer o Partido Comunista ideologicamente de todas as formas e por todas as vias, seja em países capitalistas desenvolvidos ou em países economicamente atrasados; seja em Partidos legais ou não; seja antes da tomada do poder político pelo proletariado ou após o estabelecimento da ditadura do proletariado. Se um partido proletário falha em travar uma luta resoluta contra as incursões da ideologia burguesa, ele não conseguirá manter sua independência ideológica, política e organizacional e irá se transformar em um apêndice da burguesia e de seus partidos políticos .

[…] Dessa forma, o proletariado deve não apenas se guardar de inimigos como Thiers e Bismarck, que derrotaram o poder político revolucionário pela força das armas; ele deve se guardar, em particular, contra esses carreiristas e trapaceiros como Kruschev e Brejnev, que usurparam a liderança do partido e do Estado por dentro.”

Esse risco, que já tinha se concretizado na União Soviética, por vezes aparece minimizado no texto, possivelmente por conta do período de ascensão de lutas em todo o mundo e dos avanços da Revolução Cultural na China: “os tiros de canhão da Grande Revolução Cultural Proletária iniciaram-se e, liderada pelo Presidente Mao, os quarteis generais da burguesia encabeçados pelo renegado e traidor Liu Shao-chi, foram destruídos, acabando com o belo sonho dos imperialistas e revisionistas modernos de restaurar o capitalismo na China.”. Hoje constatamos que essa vitória foi temporária, e a restauração capitalista se consolidou na China, após a morte de Mao e a derrota da Revolução Cultural, e concomitante ascensão dos revisionistas.

Mesmo em contexto de profunda crise do movimento comunista internacional, como o de hoje, achamos que, por resgatar as lições da Comuna, atualizadas pela prática da revolução chinesa, o texto possui uma grande atualidade e relevância. É um documento marxista-leninista que auxilia na reconstrução de nosso movimento e no combate aos oportunismos de todo o tipo. Por isso, 150 anos depois, na luta por retomar o glorioso caminho da Comuna, repetimos os camaradas chineses: “Vida longa à Comuna! Vida longa à vitória da revolução proletária e da ditadura do proletariado!”

 

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Vida Longa à Vitória da Ditadura do Proletariado!

Em comemoração ao centenário da Comuna de Paris

Pelas redações do Renmin Ribao, Hongqi e Jiefangjun Bao

19.03.1971

Peking Review nº12

 

  1. Os Princípios da Comuna de Paris são eternos

O dia 18 de março deste ano marca o centenário da Comuna de Paris. Com profundos sentimentos internacionalistas proletários, os comunistas chineses e o povo chinês, sob os ensinamentos de seu grande líder, o Presidente Mao, celebram calorosamente este grande “festival do proletariado”[1] juntos com os proletários e revolucionários de todo o mundo.

Cem anos atrás o proletariado e a grande massa do povo de Paris, na França, desencadearam uma heroica insurreição armada e fundaram a Comuna de Paris. Foi o primeiro regime proletário na história da humanidade, a primeira grande tentativa do proletariado de derrubar a burguesia e estabelecer a ditadura do proletariado.

A Comuna de Paris aboliu o exército e a polícia do governo reacionário burguês e os substituiu pelo povo armado; o fuzil ficou nas mãos da classe operária.

A Comuna de Paris destruiu o aparato burocrático burguês que escravizava o povo, fundou o governo da própria classe operária, adotou uma série de políticas para salvaguardar os interesses do povo trabalhador e organizou as massas para participar de forma ativa no controle do Estado.

Na luta para fundar e defender o poder proletário, os heróis da Comuna de Paris apresentaram iniciativa revolucionária extraordinária, crescente entusiasmo e heroísmo abnegado, ganhando a admiração dos revolucionários, geração após geração.

Embora a Comuna de Paris tenha falhado, como resultado da violenta investida militar e da repressão sangrenta levada a cabo pelo açougueiro Thiers em aliança com Bismarck, suas contribuições históricas são inapagáveis. Como Marx disse: o glorioso movimento de 18 de março foi “o alvorecer da grande revolução social que irá libertar a humanidade do regime de classes para sempre.”[2]

Enquanto a batalha ainda estava ocorrendo em uma Paris enegrecida pela fumaça da pólvora, Marx declarou: “mas mesmo que a Comuna seja esmagada, a luta irá apenas ser adiada. Os princípios da Comuna são eternos e não podem ser destruídos; eles irão se afirmar novamente até que a classe operária alcance sua libertação.”[3]

Quais foram pois os princípios revolucionários deduzidos pelos grandes mestres do proletariado, Marx e Engels, na base da prática da Comuna de Paris?

Em uma frase, “a classe operária não pode simplesmente apoderar-se da máquina do Estado e utilizá-la para seus próprios propósitos.”[4] O proletariado deve usar a violência revolucionária para “destruir” e “esmagar”[5] a velha máquina do Estado e levar adiante a ditadura do proletariado[6].

Expondo esse princípio, Marx enfatizou: a primeira condição da ditadura do proletariado “é armar o proletariado. A classe operária deve ganhar o direito à sua emancipação no campo de batalha.”[7] Somente contando com a força armada revolucionária o proletariado pode derrubar o domínio das classes reacionárias e prosseguir para cumprir sua missão histórica.

Marx também disse: o Estado da ditadura do proletariado deve “ser um órgão operário, não parlamentar, executivo e legislativo ao mesmo tempo.”[8]

Como Lenin disse: “Uma das mais memoráveis e mais importantes ideias do Marxismo sobre o Estado” é “a ideia da ‘ditadura do proletariado’ (como Marx e Engels começaram a chama-la após a Comuna de Paris).”[9] Perseverar na violência revolucionária para esmagar a máquina de Estado burguês e estabelecer a ditadura do proletariado, ou manter a máquina de Estado burguês e opor-se à ditadura do proletariado – esse tem sido o foco de repetidas lutas entre marxistas, de um lado, e revisionistas, reformistas, anarquistas e todos os tipos de ideologias burguesas e pequeno burguesas, de outro, o foco de repetidas lutas entre as duas linhas no movimento comunista internacional dos últimos cem anos. É precisamente sobre essa questão fundamental da ditadura do proletariado que todo revisionismo, do revisionismo da Segunda Internacional ao revisionismo moderno, com o revisionismo soviético renegado em seu centro, traiu completamente o marxismo.

A história desses cem anos provou que a teoria marxista da revolução proletária e da ditadura do proletariado é invencível.

Quarenta e seis anos após a insurreição da Comuna de Paris, o proletariado da Rússia, liderado pelo grande Lênin, foi vitorioso na Revolução Socialista de Outubro pela insurreição armada, abrindo uma nova era de revoluções proletárias e de ditadura do proletariado. Lênin disse: no caminho para destruir a velha máquina de Estado, a Comuna de Paris “realizou o primeiro passo histórico… o poder soviético, o segundo.”[10]

Setenta e oito anos após o levante da Comuna de Paris, o povo chinês, liderado pelo grande líder Presidente Mao, saiu vitorioso na revolução. O Presidente Mao abriu um novo caminho em estabelecer áreas rurais de base, cercar as cidades a partir do campo e, finalmente, tomar as cidades. Ele liderou o povo chinês pelas guerras revolucionárias prolongadas derrubando o regime reacionário do imperialismo, feudalismo e capitalismo burocrático, destruindo a velha máquina de Estado e criando, na China, a ditadura democrática popular, isto é, a ditadura do proletariado. Desde então Presidente Mao têm liderado o povo chinês em continuar a revolução sob a ditadura do proletariado e avançar, triunfante, pela via socialista.

Lutando bravamente, avançando onda após onda, apoiando-se e encorajando-se uns aos outros, no último século, o proletariado, os povos e as nações oprimidas do mundo têm promovido a revolução socialista e a revolução democrática nacional e ganharam as mais brilhantes vitórias. Como o camarada Mao Tsé-Tung indicou: “esta é uma época histórica na qual o mundo capitalista e imperialista estão seguindo para seu fim e, o mundo socialista e a democracia popular, estão marchando para a vitória.”[11] A causa da Comuna de Paris está se espalhando em um estágio ainda maior nessas novas condições históricas. O mundo foi submetido a uma mudança avassaladora.

Ao comemorar o décimo aniversário da Comuna de Paris, Marx e Engels, transbordando entusiasmo revolucionário, disseram à classe operária europeia: “assim, a Comuna, que os poderes do velho mundo acreditavam estarem extinta, vive mais forte do que antes, dessa forma podemos nos juntar a vocês no grito: Viva a Comuna!”[12] Hoje, as chamas da tocha revolucionária acendidas pela Comuna de Paris estão em todo o mundo, e os dias do imperialismo, social-imperialismo e toda reação estão contados. Ao celebrar o centenário da Comuna de Paris, os marxista-leninistas, o proletariado e os revolucionários de todo o mundo têm ainda mais razão em gritar com confiança ilimitada: Vida longa à Comuna! Vida longa à vitória da revolução proletária e da ditadura do proletariado!

Ao comemorar a Comuna de Paris, devemos estudar a teoria marxista-leninista da revolução proletária e da ditadura do proletariado, aprender a partir das experiências históricas, criticar o revisionismo moderno, com o renegado revisionismo soviético no centro, preservar a linha revolucionária marxista-leninista e, junto com os povos do mundo, ganhar vitórias ainda maiores.

 

  1. É de grande importância para o povo revolucionário tomar posse das armas

A experiência histórica da Comuna de Paris demonstrou que dispor de forças armadas revolucionárias é da maior importância para a revolução proletária e para a ditadura do proletariado.

Explicando a experiência da Comuna de Paris, Lênin se referiu a essa importante tese de Engels de que, na França, após cada revolução, os operários encontravam-se armados, razão pela qual, para os burgueses detentores do poder de Estado, a tarefa primeira consistia no desarmamento dos operários. Sobre essa conclusão de Engels, Lenin comentou: “A essência da questão – também, dessa forma, a questão do Estado (a classe oprimida possui ou não armas?) – aqui está muito bem desenvolvida.”[13]

A Comuna de Paris nasceu na luta feroz entre a revolução armada e a contrarrevolução armada. Os 72 dias da Comuna de Paris foram 72 dias de revolta armada, de luta armada, e de defesa armada. O que mais aterrorizou a reação burguesa foi exatamente o fato do proletariado de Paris ter empunhado o fuzil. E um erro fatal da Comuna de Paris residiu precisamente no fato de ela mostrou excessiva generosidade em relação à contrarrevolução, não marchando imediatamente para Versalhes, dando a Thiers tempo para reunir suas forças reacionárias para liquidar a Paris revolucionária. Como Engels disse: “teria a Comuna de Paris durado um dia se não tivesse utilizado a autoridade do povo armado contra a burguesia? Não deveríamos, pelo contrário, reprová-la por não tê-la usada o suficiente?”[14]

De forma concisa, o camarada Mao Tsé-tung resumiu a tremenda importância da luta armada e do exército popular formulando a célebre tese de que “o poder político nasce do cano de um fuzil”[15]. Ele salientou: “de acordo com a teoria marxista do Estado, o exército é o principal componente do poder de Estado. Quem quiser tomar e manter o poder de Estado deve possuir um forte exército.”[16]

A revolução violenta é um princípio universal da revolução proletária. Um partido marxista-leninista deve aderir a esse princípio universal e aplicá-lo na prática concreta de seus países. A experiência histórica mostra que a tomada do poder político pelo proletariado e povo oprimido de um país e a vitória da revolução são adquiridas, invariavelmente, pelas armas, sob a liderança de um partido proletário, agindo de acordo com as condições específicas de seu país, construindo gradualmente o exército popular e lutando a guerra popular, na base da ampla mobilização das massas, travando repetidas lutas contra os imperialistas e reacionários. Isto ocorreu na Revolução Russa, na Revolução Chinesa, nas Revoluções da Albânia, Vietnã, Coréia e outros países, e não existem exceções.

Pelo contrário, sempre que não organizam forças armadas revolucionárias ou renunciaram a isso, os partidos proletários sofrem reveses na revolução, existindo sérias lições: alguns partidos falharam em tomar armas e ficaram a mercê dos inesperados ataques do imperialismo e seus lacaios e da repressão contrarrevolucionária, e, como resultado, milhões de revolucionários foram massacrados. Em outros casos, em que os revolucionários já haviam tomado armas e seus exércitos cresceram consideravelmente, certos partidos desfizeram o exército popular e destruíram os frutos da revolução porque almejavam postos oficiais nos governos burgueses ou foram enganados pelos contrarrevolucionários.

Nas últimas décadas, muitos Partidos Comunistas têm participado de eleições e dos parlamentos, mas nenhum conseguiu instaurar uma ditadura do proletariado dessa maneira. Mesmo que um Partido Comunista atinja a maioria no parlamento ou participe do governo, isso não significa qualquer mudança no caráter do poder político burguês, menos ainda destruir a velha máquina de Estado. A classe dominante reacionária pode proclamar uma eleição como nula, dissolver o parlamento ou usar diretamente a violência para expulsar o Partido Comunista. Se um partido proletário não faz trabalho de massa, rejeita a luta armada e faz das eleições parlamentares um fetiche, ele irá apenas enganar as massas e se corromper. A burguesia compra um Partido Comunista pelas eleições parlamentares e o torna em um partido revisionista, um partido da burguesia – são esses casos raros na história?

O proletariado deve usar as armas para tomar o poder político, e deve usar as armas para defendê-lo. O exército popular, sob a liderança do partido marxista-leninista é o baluarte da ditadura do proletariado, e entre os vários fatores que impedem a restauração do capitalismo, ele é o principal. Possuindo um exército popular armado com a ideologia marxista-leninista, o proletariado pode lidar com qualquer situação complicada na luta de classes nacional ou internacional e salvaguardar o Estado proletário.

O movimento de libertação das nações oprimidas contemporâneo é um componente importante e um grande aliado da revolução proletária mundial. A revolução democrática nacional e a revolução socialista estão relacionadas uma à outra e, ao mesmo tempo, são distintas uma da outra em seu caráter. Contudo, para conseguir a vitória na revolução democrática nacional, é também necessário estar preparado para um embate armado com os imperialistas e reacionários. Para as nações oprimidas, é também de maior importância tomar as armas.

Desde a Segunda Guerra Mundial, o imperialismo, o colonialismo e o neocolonialismo encabeçados pelos E.U.A., têm lançado incessantes guerras de agressão, sendo cada vez com maior frequência que recorrem às intervenções militares, à subversão armada e à invasão por forças mercenárias para suprimir países e povos que estão lutando por independência ou já a ganharam. Estatísticas incompletas mostram que o imperialismo dos E.U.A. planejou e executou intervenções armadas e agressões armadas em mais de 50 ocasiões nos últimos 25 anos. Quanto às subversões armadas planejadas pelos E.U.A., os exemplos são muito numerosos para serem contados. Dessa forma, para garantir a liberação e salvaguardar sua independência nacional e soberania, e para combater efetivamente a agressão e subversão promovida pelo imperialismo e seus lacaios, todas as nações oprimidas devem possuir seus próprios exércitos anti-imperialistas e estarem preparadas, em todos os momentos, para combater guerras de agressão com guerra revolucionária. A guerra contra a agressão dos E.U.A. e pela salvação nacional realizada pelo povo dos países Vietnã, Laos e Camboja, criou um exemplo brilhante para as nações oprimidas e o povo de todo o mundo. As lutas contra a agressão e subversão combatidas pelo povo de muitos outros países e regiões na Ásia, África e América Latina têm, também, criado experiências valiosas.

Em sua declaração solene, “Povos de Todo o Mundo, Unam-se e Derrotem os Agressores Ianques e Seus Lacaios!”, o camarada Mao assinalou: “uma nação fraca pode derrotar uma forte, uma nação pequena pode derrotar uma grande. O povo de um país pequeno pode, certamente, derrotar a agressão de um país grande, apenas se eles ousarem levantar-se em luta, ousarem tomar armas e pegar em suas mãos o destino de seu país. Essa é a lei da história.”[17]

Como camarada Lin Piao disse, “a guerra popular é a arma mais efetiva contra o imperialismo dos E.U.A. e seus lacaios.”[18] O proletariado e o povo e nações oprimidos de todo o mundo irão todos mudar da condição de desarmados e despreparados para guerra para armados e preparados. O imperialismo dos E.U.A. e todos seus lacaios irão, eventualmente, serem queimados a cinzas nas chamas da guerra popular que eles mesmos acenderam.

 

  1. A Revolução é Obra das Massas em seus Milhões

A experiência histórica da Comuna de Paris nos diz que para ser vitorioso na revolução proletária e na ditadura do proletariado é imperativo confiar no entusiasmo revolucionário das massas em seus milhões e dar o máximo ao seu grande poder como criadoras da história. Lenin disse: “a autocracia não pode ser abolida sem a ação revolucionária consciente de milhões, sem uma grande onda de heroísmo das massas, sem a decisão e a capacidade destas para ‘assaltar o céu’, como Marx exprimiu a respeito dos operários de Paris no tempo da Comuna.”[19]

Marx, o grande mestre do proletariado, valorizou muito a iniciativa revolucionária das massas populares e forneceu um brilhante exemplo da atitude correta a adotar diante o movimento de massa revolucionário.

No outono de 1870, antes da fundação da Comuna de Paris, Marx destacou que as condições não estavam boas para um levante dos trabalhadores franceses. Mas, quando o proletariado de Paris se levantou em revolta tomando o céu de assalto com seu heroísmo em março de 1871, Marx lançou-se imediatamente, como participante, no apoio e ajuda resolutos a essa revolução proletária. Apesar de ter percebido os erros da Comuna e prever sua derrota, Marx considerou essa revolução a mais gloriosa façanha do operariado francês. Visto que ele considerava esse movimento “como uma experiência histórica de enorme importância, como um avanço da revolução proletária mundial, como um passo prático que é mais importante do que cem programas e argumentos.”[20] Em uma carta à L. Kugelmann nesse período, Marx expressou seu ardente entusiasmo: “que resiliência, que iniciativa histórica, que capacidade para sacrifício desses parisienses!” “Não existe nenhum outro exemplo de tanta grandeza na história!”[21] Lenin viu nessa carta um abismo entre o proletário revolucionário e os oportunistas e esperava que ela fosse “pendurada nas casas… de todo operário russo alfabetizado.”[22]

Contrários a todos os marxistas, todos os oportunistas e os novos e velhos revisionistas opõem-se à revolução proletária e à ditadura do proletariado, e eles, inevitavelmente, temem e odeiam as massas, ridicularizam, amaldiçoam e sabotam o movimento de massa revolucionário. Quando a revolta armada russa de dezembro de 1905 falhou, Plekhanov ficou indiferente e acusou as massas, falando: “eles não deveriam ter pegado em armas.” Lenin, indignado, criticou a atitude aristocrática de Plekhanov em relação ao movimento de massa revolucionário e o denunciou como um renegado russo do marxismo. Lenin destacou que sem o “grande ensaio” de 1905, a vitória da Revolução de Outubro de 1917 teria sido impossível.

Em 1959, quando nosso grande mestre, Presidente Mao, denunciou o grupo oportunista de direita anti-partido de Peng Teh-huai por calúnia e oposição ao movimento de massa revolucionário, ele disse, de forma contundente, a esses renegados anti-marxistas:

“Por favor, olhem e vejam como Marx e Lenin elogiaram a Comuna de Paris, e Lenin a Revolução Russa!” “Vocês viram como Lenin criticou o renegado Plekhanov e aqueles ‘senhores burgueses e seus lacaios,’ ‘os malditos e porcos da burguesia moribunda e os democratas da pequena burguesia que os seguem’? Se não, vocês poderiam dar uma olhada?”[23] Presidente Mao com base nessa experiência história educou todo o partido e exigiu seus membros e quadros seguirem o exemplo de Marx e Lenin e possuírem uma atitude correta em relação ao movimento de massa revolucionário.

“A revolução é a maior tendência no mundo hoje em dia.”[24] Ao redor do mundo, o povo brada: abaixo aos agressores E.U.A. e todos seus lacaios! As áreas estratégicas de retaguarda do imperialismo se tornaram linhas de frente na luta anti-imperialista. O desenvolvimento vitorioso da guerra dos três povos da Indochina contra a agressão dos E.U.A. e pela salvação nacional levou a luta anti-E.U.A. a um novo patamar em tudo o mundo. A luta contra a doutrina da hegemonia dos dois superpoderes está ganhando impulso. Os movimentos de liberação nacionais na Ásia e África estão avançando tão violentos quanto o fogo. A luta dos povos da Coréia, Japão e outros países asiáticos contra a restauração do militarismo japonês por parte da reação ianque-japonesa está aumentando diariamente. Os palestinos e outros povos árabes continuam seu avanço na luta contra os agressores ianque-israelenses. Movimentos de massa revolucionários em escalas nunca vistas antes surgiram na América do Norte, na Europa e na Oceania. Os operários, estudantes, negros e outras minorias nos Estados Unidos estão despertando e levantando-se em uma tempestade revolucionária contra o domínio reacionário do governo Nixon e sua política de agressão. Na América Latina, o “quintal” do imperialismo americano, a fúria anti-E.U.A. longamente suprimida no coração do povo agora está liberada, e uma nova situação emergiu, caracterizada pelas lutas de defesa dos interesses nacionais e soberania nacional. A luta revolucionária dos povos em certos países do Leste Europeu contra o social-imperialismo está em ascensão. O trovão da revolução ressoa até mesmo em áreas relativamente calmas. Todas essas lutas estão ligadas entre si, estimulam-se reciprocamente e convergem na possante torrente do movimento revolucionário dos povos de todo o mundo.

Em face ao grande movimento revolucionário atual, todo partido revolucionário e todos os revolucionários terão de fazer uma escolha. Marchar à frente das massas e as liderar? Seguir atrás das massas, gesticulando e criticando? Ou ficar no meio de seu caminho e se opor a elas? Partidos marxistas-leninistas verdadeiros e todos os revolucionários devem, calorosamente, apoiar as ações revolucionárias das massas, marchar firmemente à frente do movimento de massas e liderar as massas para frente.

Os partidos políticos do proletariado e todos os revolucionários “devem desbravar o mundo e enfrentar a tempestade, o grande mundo da luta de massas e a forte tempestade da luta de massas.”[25] Eles devem partilhar o mesmo alento e a mesma sorte com as massas, aprender modestamente com elas, ser seus alunos devotados e extrair sabedoria e força delas. Apenas unindo-se à forte tempestade do movimento de massas é que um partido político do proletariado pode se temperar e crescer em maturidade. E apenas pela prática das massas na luta de classes é que um programa ou uma linha correta podem ser formulados, desenvolvidos, testados e realizados.

A corrente principal do movimento de massas revolucionária é sempre correta e sempre se adapta aos desenvolvimentos da sociedade. No movimento de massas várias ideias exercem suas influências, várias facções emergem e vários tipos de pessoas atuam. Isso é natural. Nada no mundo é absolutamente puro. Pela sua prática na luta e comparações repetidas, a grande massa de pessoas irá, eventualmente, distinguir entre o que é correto e o que errado; ela irá eventualmente por de lado o revisionismo e tudo o que for errado e aceitar e compreender a verdade revolucionária do marxismo-leninismo. Um partido proletário deve penetrar fundo nas massas e trabalhar de forma paciente, meticulosa e por um longo período de tempo, para aumentar, constantemente, sua consciência política e liderar o movimento de massas adiante na via correta.

A principal questão para a revolução é distinguir entre inimigos e aliados, unir-se com nossos verdadeiros amigos e atacar nossos verdadeiros inimigos. O desenvolvimento do movimento de massa revolucionário exige o constante reforço da unidade dentro das forças revolucionárias e a destruição dos planos que visam dividir e sabotar, fabricados pelos imperialistas, revisionistas e reacionários. O povo, que constitui mais de 90% da população – os operários, camponeses, estudantes e todos aqueles que se recusam a ser oprimidos pelo imperialismo – invariavelmente quer a revolução. Para derrotar o imperialismo dos E.U.A. e seus vassalos, é imperativo criar uma grande frente unida, unir todas as forças que podem ser unidas, excluindo o inimigo, e levar adiante a árdua luta.

O camarada Mao Tsé-Tung destacou: “confiança plena no movimento de massas é o princípio básico do Partido Comunista.”[26] Devemos confiar nas massas e estimular movimentos de massa quando lutamos pelo poder político. Devemos, da mesma forma, confiar nas massas, estimular movimentos de massas e aderir a linha de massas em todos nossos trabalhos quando nos engajamos na revolução socialista e na construção do socialismo após o estabelecimento da ditadura do proletariado. “Enquanto nós confiarmos no povo, acreditarmos firmemente no poder criativo inextinguível das massas e, dessa forma, confiarmos e nos identificarmos com elas, nenhum inimigo poderá nos esmagar, enquanto nós poderemos destruir qualquer inimigo e superar qualquer dificuldade.”[27]

 

  1. É indispensável um verdadeiro partido marxista-leninista

Fazendo o balanço da experiência da Comuna de Paris, Marx e Engels disseram explicitamente: “na luta contra o poder coletivo das classes dominantes, a classe operária não pode agir enquanto classe caso não se constitua em um partido político, distinto e oposto a todos os velhos partidos já formados pelas classes dominantes.”[28] Está é a condição indispensável para a vitória na revolução proletária, para o estabelecimento e consolidação da ditadura do proletariado, e para a realização do objetivo final da abolição de classes.

A razão fundamental da derrota da Comuna de Paris foi que, dadas as condições históricas, o marxismo ainda não havia alcançado uma posição dominante no movimento operário e um partido proletário revolucionário tendo marxismo como seu guia ainda não existia. De outro lado, o blanquismo e o proudhonismo, que eram, então, dominantes na Comuna de Paris, não podiam liderar a revolução proletária à vitória.

A experiência histórica mostra que mesmo havendo uma situação revolucionária muito favorável às massas, ainda é necessário que haja um núcleo duro de liderança do proletariado, isto é, “um partido revolucionário… criado na teoria revolucionária marxista-leninista e no estilo revolucionário marxista-leninista.”[29] Apenas um partido desses pode liderar o proletariado e as grandes massas na derrota do imperialismo e seus lacaios e obter a vitória na revolução.

Uma situação revolucionária surgiu em muitos países durante a Primeira Guerra. Contudo, visto que quase todos os partidos políticos da Segunda Internacional degeneraram no revisionismo, em partidos social-chauvinistas, estava fora de questão para eles liderar o proletariado na tomada do poder político. Apenas na Rússia, sob a liderança do Partido Bolchevique fundado por Lênin, foi que a Grande Revolução Socialista de Outubro foi coroada com sucesso.

Durante e após a Segunda Guerra, a revolução trinfou na China graças à liderança do Partido Comunista da China com o Presidente Mao como seu líder; em alguns outros países, também sob a liderança de partidos marxistas-leninistas, a revolução foi vitoriosa ou lutas revolucionárias prolongadas perseveraram. Mas, em certos países, a revolução falhou por causa da linha oportunista, revisionista que ganhou na maioria dos partidos.

Para a revolução mundial, a situação hoje é melhor do que nunca. A situação objetiva demanda, urgentemente, uma forte liderança por partidos marxistas-leninistas verdadeiros, e a construção de partidos revolucionários proletários que rompam por completo com a linha revisionista, que está consolidada ideológica, política e organizacionalmente e com um caráter de massa amplo.

Para ser capaz de liderar a revolução, é de fundamental importância para o partido proletário tomar o marxismo-leninismo como seu guia, integrar a verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução em seu próprio país, e formular e implementar a linha correta adequada às condições de cada país. Com a linha correta, um grupo fraco pode crescer forte, um exército pode ser criado, e o poder político pode ser conquistado. Com uma linha errada, a revolução irá sofrer contratempos e os ganhos obtidos serão perdidos.

Ao liderar a revolução popular chinesa por lutas prolongadas, o camarada Mao Tsé-Tung destacou repetidamente: “assim que ela foi ligada à prática concreta da revolução chinesa, a verdade universal do Marxismo-Leninismo deu uma nova natureza à revolução chinesa”[30] e “têm sido o princípio ideológico consistente de nosso Partido integrar, profundamente, a teoria marxista-leninista com a prática da revolução chinesa.”[31]

O camarada Mao Tsé-Tung explicou um pouco mais esse princípio fundamental em sua importante dedicatória aos amigos operários japoneses: “a revolução japonesa irá, sem dúvida ser vitoriosa, na condição de que a verdade universal do marxismo-leninismo esteja realmente integrada à prática concreta da revolução japonesa.”[32]

Um partido proletário deve, de acordo com os princípios básicos do marxismo-leninismo, usar a posição, o ponto de vista e os métodos do marxismo-leninismo para levar a cabo investigações profundas e estudos das relações de classe na sociedade, fazer análises concretas das condições presentes e da história de seu país e as características da revolução nesse país, e resolver os problemas teóricos e práticos da revolução de forma independente. É necessário aprender a partir das experiências internacionais, que, contudo, não devem ser copiadas mecanicamente; um partido proletário deve desenvolver, criativamente, suas próprias experiências à luz das realidades de seu país. Apenas assim ele pode guiar a revolução à vitória e contribuir para a causa da revolução proletária mundial.

Para continuar integrando teoria e prática, um partido proletário deve manter laços próximos com as massas, se integrar a elas e adotar o método de liderança, “das massas, para as massas,”[33] para que a linha correta e os princípios do partido possa ser traduzido em ações de massa. Ao mesmo tempo, há que fazer balanços de experiências e lições, realizar crítica e autocrítica, persistir em fazer o certo e corrigir o que for errado no interesse do povo, e descobrir as leis do desenvolvimento pela prática na luta e usar esse conhecimento para guiar a luta prática.

O camarada Mao Tsé-Tung diz: “oposição e luta entre ideias de diferentes tipos ocorrem constantemente dentro do Partido: isso é um reflexo, dentro do Partido, das contradições entre classes e entre a nova e a velha sociedade.”[34] Para garantir que sua linha política seja correta e sua organização consolidada, um partido proletário deve conduzir, sem compromissos, lutas contra o oportunismo e o revisionismo de qualquer descrição, contra as ideologias da burguesia e todas as outras classes exploradoras.

A luta entre o marxismo-leninismo e o revisionismo, a luta entre as duas linhas no movimento internacional comunista, é uma luta prolongada. Por mais de uma década, o Partido Comunista da China, o Partido do Trabalho da Albânia e todos os partidos verdadeiramente marxistas-leninistas do mundo têm, em conjunto, travado uma resoluta luta ideológica, teórica e política contra o revisionismo moderno, com o revisionismo soviético em seu centro, e têm ganhado grandes vitórias. Mas a luta ainda não acabou. Para continuar promovendo a revolução proletária mundial, os partidos marxistas-leninistas e os revolucionários em vários países possuem uma tarefa importante a cumprir: continuar criticando o revisionismo moderno, com o revisionismo soviético em seu centro, e levar essa luta até seu fim.

As ideologias da burguesia e de todas as classes exploradoras dominam, há muito tempo, a sociedade. A burguesia, invariavelmente, faz seu máximo para influenciar, corromper e corroer ideologicamente o Partido Comunista, de todas as formas e por todas as vias, seja em países capitalistas desenvolvidos ou em países economicamente atrasados; seja em Partidos legais ou não; seja antes da tomada do poder político pelo proletariado ou após o estabelecimento da ditadura do proletariado. Se um partido proletário falha em travar uma luta resoluta contra as incursões da ideologia burguesa, ele não conseguirá manter sua independência ideológica, política e organizacional e irá se transformar em um apêndice da burguesia e de seus partidos políticos. O partido proletário pode mostrar sua força e alcançar a vitória na revolução proletária e na ditadura do proletariado apenas pelo uso do marxismo-leninismo como sua arma de crítica e aderindo à luta de classes no domínio da ideologia para derrotar a visão de mundo da burguesia reacionária com a visão de mundo proletária.

 

  1. Os Revisionistas Modernos são Renegados dos Princípios Revolucionários da Comuna de Paris

Enquanto o proletariado e os revolucionários do mundo estão fazendo uma grande celebração ao centenário da Comuna de Paris, os revisionistas soviéticos renegados estão falando levianamente sobre “lealdade aos princípios da Comuna”[35] e se fazendo como os sucessores da Comuna de Paris. Eles não têm vergonha nenhuma.

Que direito têm os revisionistas soviéticos renegados de falarem sobre a Comuna de Paris? Foram esses renegados que roubaram a liderança do Partido e do Estado Soviético e, como resultado, mudaram de cor o Estado Soviético fundado por Lênin e defendido por Stálin. Foram eles que transformaram a ditadura do proletariado na ditadura da burguesia e colocaram o social-imperialismo e o social-fascismo no poder. Isto é pura traição aos princípios revolucionários da Comuna de Paris.

De Kruschev a Brejnev, todos tentaram mascarar sua ditadura da burguesia como o “Estado de todo o povo”. Kruschev costumava dizer que a União Soviética foi “transformada… em um Estado para todo o povo.”[36] Agora Brejnev e sua laia dizem que o país é um “Estado soviético socialista de todo o povo”[37] e o que eles praticam é “democracia soviética”. Tudo isso é uma farsa.

Os Sovietes são uma grande criação do proletariado russo, a expressão do fato do povo trabalhador ser o dono do país, e constituem uma gloriosa denominação. Contudo, o nome “Soviete”, como o nome “Partido Comunista”, pode ser usado por bolcheviques e mencheviques, por marxistas-leninistas ou revisionistas. O que é decisivo não é o nome, mas a essência; não a forma, mas o conteúdo. Na União Soviética hoje, o nome “Soviete” não mudou, nem mudou o nome do Estado, mas o conteúdo de classe mudou completamente. Com sua liderança usurpada pelo grupo soviético renegado revisionista, o Estado Soviético não é mais um instrumento com o qual o proletariado suprime a burguesia, mas tornou-se uma ferramenta com a qual o a burguesia restaurada suprime o proletariado. Os renegados revisionistas soviéticos mudaram a União Soviética em um paraíso para a minoria burguesa monopolista burocrática de novo tipo, e uma prisão para os milhões de operários. Esse é o conteúdo do que eles chamam de “Estado socialista soviético de todo o povo” e “Democracia soviética”. Não é de forma alguma verdade que “o estado de todo o povo é uma continuação direta do estado da ditadura do proletariado”[38], mas sim que a linha de Brejnev é uma “continuação direta” da linha de Kruschev. É por isso que Brejnev e seus comparsas se seguram desesperadamente ao slogan do “Estado para todo o povo”.

Sua oposição frenética à revolução proletária violenta é outra expressão de traição aos princípios revolucionários da Comuna de Paris pelo grupo de revisionistas renegados soviéticos. Brejnev e sua laia demandam, clamorosamente, aos “líderes do proletariado a reduzirem a violência ao mínimo em todas as etapas da luta e empregarem formas mais brandas de coerção”; que a “luta armada e guerra civil são acompanhadas por sacrifícios e sofrimentos colossais por parte das massas do povo, pela destruição das forças produtivas, e pela aniquilação dos melhores quadros revolucionários”. Para encontrar um pretexto para sua falácia de “transição pacífica”, esse grupo de renegados distorce, desenfreadamente, a história, até mesmo pregando que a Comuna de Paris foi “inicialmente” uma “revolução quase que completamente pacífica”.[39]

A revolução da Comuna de Paris foi, do seu início ao fim, uma luta de vida ou morte entre o proletariado e a burguesia, uma luta violenta entre revolução e contrarrevolução. Em menos de seis meses antes do início da Comuna de Paris, o povo de Paris realizou dois levantes armados, e ambos foram violentamente suprimidos pelos reacionários. E, nas batalhas que se seguiram aos levantes, dezenas de milhares de operários e outros trabalhadores entregaram suas vidas. Como pode essa revolução ser descrita como “inicialmente” “uma revolução quase que completamente pacífica”? Marx disse: “operários de Paris, com sua Comuna, serão sempre celebrados como os gloriosos percursores de uma nova sociedade. Seus mártires estão conservados no grande coração da classe operária. A história de seus exterminadores já está pregada naquele pelourinho eterno do qual nem as preces de seus padres irão os redimir.”[40] O grupo de revisionistas soviéticos renegados mostrou-se agora e está agindo como os padres fazendo preces para os exterminadores. Esse é um insulto monstruoso aos mártires da Comuna de Paris!

Os revisionistas soviéticos renegados tentam, de inúmeras formas, justificar a violência contrarrevolucionária, enquanto eles amaldiçoam a violência revolucionária com todas as forças. Sob o domínio da violência pelo imperialismo e reacionários, os operários sofrem uma dor interminável, e grande número deles morrem todos os dias, todas as horas. É precisamente para pôr um fim nesse sistema devorador de homens, para liberar o povo da exploração e escravidão que os oprimidos levem a cabo revoluções violentas. Mas os revisionistas soviéticos renegados fazem acusações criminais contra os exércitos revolucionários e suas guerras revolucionárias, alegando o “sofrimento do povo”, a “aniquilação dos quadros” e “destruição das forças produtivas”, etc. Essa lógica deles não significa que o normal é a opressão e massacre do povo pelos imperialistas e reacionários, enquanto é um crime odioso os revolucionários pegarem em armas e levantarem-se em resistência?

Os renegados revisionistas soviéticos querem que os povos de todos os países reduzam a violência revolucionária “ao mínimo”, mas eles mesmos continuam aumentando a violência contrarrevolucionária ao máximo. Indiferentes à vida e morte do povo soviético, Brejnev e sua gangue se empenham a fundo no militarismo e na corrida armamentista, gastando mais e mais rublos em mais e mais aviões, armas, navios de guerra, mísseis guiados e armas nucleares. É por via desse monstruoso aparato de violência que esses novos czares oprimem as grandes massas no interior do país e mantém seu domínio colonial internacional, tentando trazer vários países sob seu controle. É esse aparato de violência que eles usam como capital para barganhar com o imperialismo dos E.U.A., levar adiante uma política de força e demarcar com tal imperialismo esferas de influência.

Os renegados revisionistas soviéticos querem que os revolucionários empreguem “formas mais brandas de coerção” frente aos contrarrevolucionários, enquanto eles mesmos usam os meios mais brutais e selvagens para lidar com os revolucionários.

Devemos perguntar:

Seria uma forma “mais branda” quando expedem grandes contingentes de soldados e policiais armados para reprimir populações de diferentes nacionalidades em seu país?

Seria uma forma “mais branda” quando implementam um grande número de tropas em alguns países do leste europeu e na república popular da Mongólia e impõe um controle ferrenho sobre eles, e ainda realizam ocupações militares na Checoslováquia, dirigindo tanques em Praga?

E seria uma forma “mais branda” quando se engajam na expansão militar em todos os lugares e conduz, insidiosamente, todas as formas de atividade subversiva contra outros países?

O que os renegados revisionistas soviéticos fizeram mostra claramente que eles não apenas se opõem à violência revolucionária, mas usam violência para se opor à revolução. Eles se enchem de um ar benevolente, mas na verdade eles são “os piores inimigos dos operários – lobos em peles de cordeiros.”[41]

No Japão há um grupo revisionista, de Miyamoto, que também se opõe à violência revolucionária e à ditadura do proletariado e clama que é “necessário fazer um esforço”[42] para seguir a via parlamentar. Quebrando suas cabeças, eles alegam que, de acordo com o dicionário, a palavra “violência” significa “força bruta” ou “força sem lei”, e que o povo não deve fazer esse tipo de revolução.[43] Eles também dizem que algumas pessoas estão “assustadas” pelo termo – ditadura do proletariado – que é uma tradução “muito inapropriada”, e que é necessário “fazer uma tradução realmente acurada” no futuro.[44] Para manter o imperialismo dos E.U.A. e a violência militarista japonesa, e para se opor ao povo japonês fazendo a revolução, o grupo de Miyamoto busca ajuda até mesmo do dicionário, tenta ficar na semântica e brinca com as palavras. Como os revisionistas modernos degeneraram ideologicamente!

O camarada Mao Tsé-Tung disse: “o sistema socialista irá, eventualmente, substituir o sistema capitalista; essa é uma lei objetiva independente da vontade humana.”[45] Kruschev, o arque-representante dos revisionistas modernos, já foi varrido no lixo da história. Novotny e Gomulka, que seguiram a linha revisionista de Kruschev, também tombaram. Pode afirmar-se, seguramente, que todos os que marcharem contra as leis da história e traírem os princípios revolucionários da Comuna de Paris, a revolução proletária e a ditadura do proletariado, não terão de modo algum bom fim.

 

  1. Persistir na Continuação da Revolução Sob a Ditadura do Proletariado e Conquistar Vitórias Ainda Maiores

A experiência histórica desde a Comuna de Paris, e especialmente desde a Revolução de Outubro, mostra que a tomada do poder político pelo proletariado não é o fim, mas apenas o início da revolução socialista. Para consolidar a ditadura do proletariado e prevenir a restauração do capitalismo, é necessário levar adiante a revolução socialista até seu fim.

O movimento revolucionário proletário mundial tem seguido um caminho sinuoso. Quando o capitalismo foi restaurado na pátria da Revolução de Outubro, por um tempo pareceu duvidoso se os princípios revolucionários da Comuna de paris, da Revolução de Outubro e da ditadura do proletariado ainda eram válidos. Os imperialistas e reacionários exultaram, perderam a cabeça. Eles pensaram: se a “evolução pacífica” foi possível na União Soviética, não seria possível desbancar a ditadura do proletariado na China da mesma forma? Mas, os tiros de canhão da Grande Revolução Cultural Proletária iniciaram-se e, liderada pelo Presidente Mao, os quarteis generais da burguesia encabeçados pelo renegado e traidor Liu Shao-chi, foram destruídos, acabando com o belo sonho dos imperialistas e revisionistas modernos de restaurar o capitalismo na China.

O Presidente Mao procedeu a um balanço completo da experiência histórica da ditadura do proletariado nos seus aspectos positivos e negativos; herdou, defendeu e desenvolveu a teoria marxista-leninista da revolução proletária e da ditadura do proletariado; formulou a grande teoria da continuidade da revolução sob a ditadura do proletariado e resolveu, na teoria e na prática, a questão mais importante de nosso tempo – a questão da consolidação da ditadura do proletariado e a prevenção da restauração capitalista. Assim ele fez uma grande contribuição ao marxismo-leninismo e abriu a rota vitoriosa que permite levar até o fim a revolução proletária. Na Grande Revolução Cultural Proletária da China, o Pensamento de Mao Tsé-Tung e a linha revolucionária do Presidente Mao estão integradas de forma mais profunda com a prática revolucionária do povo, em suas centenas de milhões, para tornar-se a maior força na consolidação da ditadura do proletariado.

A sociedade socialista cobre um período histórico consideravelmente longo. Através dessa etapa histórica, ainda existem classes, contradições de classes e luta de classes. A luta ainda se foca sobre o poder político. A classe derrotada irá continuar lutando; essas pessoas ainda permanecerão e essa classe ainda existirá. Eles irão, invariavelmente, procurar agentes dentro do Partido Comunista para tentar restaurar o capitalismo. Dessa forma, o proletariado deve não apenas se guardar de inimigos como Thiers e Bismarck, que derrotaram o poder político revolucionário pela força das armas; ele deve se guardar, em particular, contra esses carreiristas e trapaceiros como Kruschev e Brejnev, que usurparam a liderança do partido e do Estado por dentro. Para consolidar a ditadura do proletariado e prevenir a restauração capitalista, o proletariado deve levar a cabo a revolução socialista não apenas na frente econômica, mas também na política, ideológica e cultural e exercer em toda a linha uma ditadura sobre a burguesia na superestrutura, incluindo todas as esferas da cultura. É essencial permitir que os membros do partido, os quadros e as massas dominem a arma mais afiada, o marxismo-leninismo, e distingam entre as linhas correta e errônea, entre o verdadeiro e o falso marxismo, e entre o materialismo e o idealismo, para garantir que nosso Partido e Estado sempre avance de acordo com a linha proletária revolucionária do Presidente Mao.

O Presidente Mao disse: “a vitória final de um país socialista não requer apenas os esforços do proletariado e das grandes massas do povo em suas fronteiras, mas envolve também a vitória da revolução mundial e da abolição do sistema de exploração do homem pelo homem em todo o mundo, só então a humanidade será emancipada.”[46]

O movimento revolucionário do proletariado sempre teve um caráter internacional. Dessa forma, a vitória da revolução proletária e da ditadura do proletariado exige a realização dos grandes slogans: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”[47] e “Proletários de todo o mundo e povos oprimidos, uni-vos!”[48] O proletariado dos países capitalistas devem ajudar a luta de liberação dos povos coloniais e semi-coloniais, os povos das colônias e semi-colônias devem ajudar a luta do proletariado dos países capitalistas, e os povos que triunfaram em suas próprias revoluções devem ajudar os povos que ainda estão lutando por sua liberação. Esse é o princípio do internacionalismo proletário.

A Revolução Chinesa é parte da revolução mundial. A causa revolucionária do povo chinês está intimamente ligada com a dos outros povos do mundo. Sempre consideramos as lutas revolucionárias dos povos de outros países como nossa própria e como uma ajuda ao povo chinês. Devemos aprender com outros revolucionários, ajudar firmemente suas lutas e cumprir nosso dever. Devemos levar adiante o espírito proletário internacionalista, reforçar nossa unidade militante com todos os partidos e organizações verdadeiramente marxistas-leninistas, e reforçar nossa unidade militante com o proletariado, o povo oprimido e as nações oprimidas do mundo para alcançar vitórias ainda maiores.

Cem anos atrás, Marx disse sobre a Comuna de Paris: “qualquer que seja o seu destino em Paris, ela dará a volta ao mundo.”[49] Essa grande predição de Marx está se tornando, cada vez mais, uma gloriosa realidade. Revendo o passado e olhando para o futuro, declaramos com maior convicção: a destruição final do imperialismo, do revisionismo moderno e de toda a reação é inevitável, assim como a completa emancipação do proletariado, dos povos oprimidos e das nações oprimidas!

A Internacional escrita por Eugene Pottier, o poeta da Comuna de Paris, está, hoje, reverberando por todo o mundo. “Do passado façamos tábua rasa”, “Nada somos, sejamos tudo”, “Reunamo-nos, amanhã a Internacional será o gênero humano”! Que os imperialistas, os social-imperialistas e todos os reacionários tremam ante a grande tempestade da revolução popular mundial! “Os proletários não têm nada a perder, a não ser suas correntes. Eles têm o mundo a ganhar.”[50]


[1] Engels, “Mensagem de Saudação aos Operários Franceses no 21° Aniversário da Comuna de Paris”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 22, p.331.

[2] Marx, “Resoluções do Encontro em Honra ao Primeiro Aniversário da Comuna de Paris, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 18, p. 61.

[3] Marx, “Transcrição de um Discurso sobre a Comuna de Paris”, Marx e Engels, Obras completas, ed. chinesa, Vol.17, p.677.

[4] Marx, “Guerra Civil na França”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 17, p. 355.

[5] Marx, “Guerra Civil na França”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 17, p. 360.

Marx, “Para L. Kugelmann”, 12 de abril de 1871, Marx, Engels, Lênin e Stalin sobre a Comuna de Paris, segunda ed. chinesa, People Publishing House, 1971, p. 215.

[6] Marx, “Sobre o Sétimo Aniversário da Internacional”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 17, p. 468.

[7] Ibid.

[8] Marx, “Guerra Civil na França”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 17, p. 358.

[9] Lênin, “O Estado e a Revolução”, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 25, p. 389.

[10] Lênin, “Primeiro Congresso da Internacional Comunista”, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 28, p. 443.

[11] Mao Tsé-Tung, “A Presente Situação e Nossa Tarefa”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. chinesa, Vol. 4, p.1260.

[12] Marx e Engels, “Ao presidente do encontro eslavo em Londres em celebração do aniversário da Comuna de Paris”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 9, p. 271.

[13] Lênin, “O Estado e a Revolução”, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 25, p. 436.

[14] Engels, “Sobre Autoridade”, Marx e Engels, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 18, p.344.

[15] Mao Tsé-Tung, “Problemas da Guerra e Estratégia”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. chinesa, Vol. 2, p. 535.

[16] Ibid.

[17] Mao Tsé-Tung, “Povos do mundo, unam-se e derrotem os agressores dos E.U.A. e todos seus lacaios!” 20 de março de 1970.

[18] Lin Piao, “Longa vida à vitória da guerra popular!” 3 de setembro de 1965.

[19] Lênin, “O Programa Agrário da Social-Democracia na Revolução Russa”, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 25, p. 401.

[20] Lênin, “O Estado e a Revolução”, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 25, p. 401.

[21] Marx, “Para L. Kugelmann”, 12 de abril de 1871, Marx, Engels, Lênin e Stalin sobre a Comuna de Paris, segunda ed. chinesa, People Publishing House, 1971, p. 215.

[22] Lênin, “Prefácio para a Tradução Russa das Cartas de K. Marx para L. Kugelmann”, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 12, p.101.

[23] Instrução do Presidente Mao sobre “A Atitude Correta que os Marxistas Devem Tomar em Relação ao Movimento de Massas Revolucionário”, 15 de agosto de 1959, quando ele cita as obras de Lênin “Um Grande Início” e “Quarto Aniversário da Revolução de Outubro”, Lênin, Obras Completas, ed. chinesa, Vol. 29, p. 386 e Vol. 33, p. 35.

[24] Ver nota 17.

[25] Mao Tsé-Tung, “Organizemo-nos”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. chinesa, Vol. 3, p. 936.

[26] “Absorver o Sangue Fresco do Proletariado”, editorial do jornal Hongqi, N° 4, 1968.

[27] Mao Tsé-Tung, “Sobre o Governo de Coalizão”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. chinesa, Vol. 3, p. 1097.

[28] Marx e Engels, “Resoluções do Congresso Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores”.

[29] Mao Tsé-Tung, “Forças Revolucionárias do Mundo, Unam-se, Lutem Contra a Agressão Imperialista!”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. Chinesa, Vol. 4, p. 1360.

[30] Mao Tsé-Tung, “Reformemos nosso Estudo”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. Chinesa, Vol. 3, p. 795.

[31] Mao Tsé-Tung, “Discurso de Abertura do Oitavo Congresso Nacional do Partido Comunista da China”, 15 de setembro de 1956.

[32] Importante dedicatória do presidente Mao para os operários japoneses, 18 de setembro de 1962, Renmin Tibao, 18 de setembro de 1968.

[33] Mao Tsé-Tung, “A propósito dos Métodos de Direção”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. Chinesa, Vol. 3, p.901.

[34] Mao Tsé-Tung, “Sobre a Contradição”, Obras Escolhidas de Mao Tsé-Tung, ed. Chinesa, Vol. 1, p. 294.

[35] “A Comuna de Paris e o Presente”, artigo no revisionista soviético Kommunist, N° 2, 1971.

[36] Relatório de N.S. Krushchov no “Programa do C.P.S.U.” no “22 Congresso” revisionista soviético, 18 de outubro de 1961.

[37] Relatório de L.I. Brejnev no encontro em “comemoração” ao centenário de Lênin, 21 de abril de 1970.

[38] “O Estado de Todo o Povo e Democracia”, artigo no Pravda revisionista soviético, 7 de junho de 1970.

[39] Ameaçador livro anti-China compila por F. Konstanlinov e outros, ed. Russa, “Mysl” Publishing House, U.S.S.R., publicado em agosto de 1970, pp. 119-120.

[40] Marx, “Guerra Civil na França”, Marx e Engels Obras Completas, ed. Chinesa, Vol. 17, p. 384.

[41] Engels, “Prefácio da segunda edição alemã de ‘A Condição da Classe Trabalhadora na Inglaterra’, 1892”,

[42] Discurso de Sanzo Nosaka, Akahata, 3 de janeiro de 1971.

[43] Discurso de Korehito Kurahara no encontro revisionista japonês em “comemoração” ao centenário do Lênin, Akahata, 2 de abril de 1970.

[44] Discurso de Kenji Miyamoto no encontro convocado pelo revisionista comitê de Kyoto, Akahata, 20 de março de 1970.

[45] Mao Tsé-Tung, “Discurso no encontro do Soviete Supremo da U.R.S.S. na Celebração do quadragésimo aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro”, 6 de novembro de 1957.

[46] Da Intervenção do camarada Lin Piao ao Nono Congresso Nacional do Partido Comunista da China.

[47] Marx e Engels, Manifesto do Partido Comunista, ed. Chinesa, People’s Publishing House, 1964, p. 58.

[48] Lênin, “Discurso no Encontro dos Ativistas das Organizações de Moscou da R.C.P.(B)”, Obras Completas, ed. Chinesa, Vol. 31, p.412.

[49] Marx, “Primeiro rascunho de ‘A Guerra Civil na França’”, Marx e Engels Obras Completas, ed. Chinesa, Vol. 17, p. 587.

[50] Ver nota 47.

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- 22/09/2021